Professores, diretores de escola, secretários municiais de educação e prefeitos formaram grande parte do público presente ao auditório da Casa das Artes na manhã de sexta-feira, 30 em Bento Gonçalves. A iniciativa Movimento pela Educação é da Assembleia Legislativa e levará debatedores a nove cidades gaúchas para promover a reflexão sobre motivos que levaram o estado a ter péssimos indicadores de aprendizado nos últimos anos.
O palestrante principal da manhã Haroldo Rocha – ex-secretário de Educação do Espírito Santo elogiou a iniciativa e disse que notou uma disposição para que o discurso ganhe a prática, transformando o ensino no Rio Grande do Sul. Ele procurou demonstrar como as diversas engrenagens do sistema precisam estar encaixadas para que tudo funcione e ressaltou a importância dos dois principais protagonistas: a criança e o professor.
Ao abordar o corpo docente os painelistas da manhã concordam que o professor deve estar no centro e não é apenas o salário um fator decisivo. Para o empresário Clóvis Tramontina é preciso que se respeite a autoridade do professor, no que concorda a Secretaria de Educação de São Francisco de Paula, Ana Paula Bennemann: para o ingresso na carreira do magistério além de um salário digno é preciso que a carreira seja atrativa e possibilite ascensão e satisfação no exercício da profissão.
O encontro teve a presença de inúmeros prefeitos da região da Amesne – que à tarde fez reunião com os mandatários. Eles ouviram do presidente do parlamento gaúcho Vilmar Zanchin a disposição para um regime colaborativo a fim de que alunos tenham o aprendizado no momento certo, de forma integral e também profissionalizante.
O vive governador Gabriel Souza, também presente enumerou melhorias que o poder Executivo vem implantando. “No primeiro semestre do ano investimos R 130 milhões em reformas e melhorias na parte física das escolas. O ensino em tuno integral que estava em apenas 18 escolas da rede estadual já alcançou 100 unidades e ao final do governo deve estar em metade das escolas”, projeta.
Já o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira destacou que o Fundeb deve considerar a compra de vagas em escolas da rede particular em suas contas para que o ônus não fique apenas com as prefeituras.