
Em entrevista coletiva por meio de internet o administrador do hospital Tacchini, Hilton Mancio, e a diretora médica Roberta Pozza informaram na tarde desta quinta-feira que o cenário de atendimentos a pacientes com o Covid 19 se manterá em nível crítico pelos próximos 15 dias e que após isto há uma expectativa de lenta redução no número de internações.
A perspectiva se dá levando em conta o período longo de cada internação mas também considerando a redução (no comparativo com 15 dias atrás) dos atendimentos no fast track e pronto socorro do hospital. Antes o número de internações era de três por cento em relação ao número de atendimentos na porta de entrada do hospital, este número foi reduzido para 1,2%.
Ressaltando que o cenário intra-hospitalar vai mudando de acordo com as necessidades dentro do mesmo dia, a direção do hospital informou que hoje existem internados em estado crítico 70 pacientes, destes 33 são pelo SUS, mesmo que o hospital tenha contratualizados 23 leitos pelo Sistema Único de Saúde. “Neste período de pandemia recebemos 1.054 encaminhamentos do SUS e conseguimos acolher 90% destes pacientes”.
Ainda sobre o número de leitos de UTI, Mancio explicou que este é o número que funciona bem pela estrutura demandada. Acima disso só em questão de contingência. Ele lembrou ainda que na porta do hospital, fast track e Pronto Socorro, durante 18 horas do dia trabalham 24 médicos.
A médica Roberta Pozza salientou que embora respeitadas as dores de famílias que perderam parentes para a doença, o pessoal do Tacchini comemora o índice de 27% de letalidade dos casos levados à UTI, bem acima da média. “Nós acordamos todos os dias com a intenção de salvar vidas. Então a cada elogio que recebemos ou a cada alta, a gente vibra muito. Isto faz parte para nos mantermos motivados.
Hilton Mancio lembrou que as atividades econômicas retornaram e que o hospital contribui para isto, com forte dedicação e estresse das equipes médicas e de apoio no hospital. “Então eu tenho uma satisfação e um pedido a fazer A satisfação é saber o quanto contribuímos para que a soiedade voltasse a viver uma certa normalidade. O pedido é: não abusem, não façam festas, estamos nos encaminhando para momentos melhores, então não há porque se apressar agora”.