O Programa “Linha Direta”, no dia 30/05, exibiu documentário acerca do homicídio de Jefferson Machado (ocorrido no Rio de Janeiro no início de 2023), com as circunstâncias de seu desaparecimento e da investigação.
“Jeff” (como era chamado) desapareceu em 27/01/2023, dia de seu último contato com familiares e amigos.
Embora ninguém o tivesse visto depois dessa data, Jeff continuava mandando mensagens, via WhatsApp, dizendo que estava indo para um trabalho em São Paulo. Teria mandado, inclusive, uma imagem da basílica, dizendo que estava em Aparecida do Norte, onde teria ido para “agradecer”.
Os cachorros de Jeff, entretanto, apareceram nas ruas do Rio, conduta impensável para quem era apaixonado por eles: Jeff nunca teria espontaneamente abandonado seus cães. A família desconfiou de um sequestro ou coisa pior, levando o fato a registro policial.
A Polícia, seu turno, desconfiou do empresário dele, Bruno Silveira. Quebrando o sigilo telefônico de Jeff e do Empresário, qual foi a surpresa? Eram sempre as mesmas Estações Rádio-Base (ERBs ou antenas de celular) que forneciam sinal para os telefones do Jeff e do empresário.
Mais: as informações telefônicas mostraram que o telefone do Jeff nunca esteve em São Paulo. No dia 27 de janeiro e seguintes, o aparelho estava na casa dele, Jefferson, inclusive enquanto estava sendo utilizado para mandar mensagens aos familiares, quando o Jefferson já estava morto.
O corpo do ator foi encontrado em 22/05/2023, dentro de um baú, concretado no quintal de uma casa alugada pelo empresário tempos antes do homicídio, fazendo-se passar por Jefferson, indicando, assim, o planejamento do crime, como, aliás, restou esclarecido com a prisão de um comparsa do empresário que também foi preso na sequência.
A tecnologia mudou sobremodo, como se pode perceber, a investigação criminal. Antes da telefonia celular certamente seria muito mais difícil o desbaratamento das circunstâncias da morte de Jefferson Machado.