O livro Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, será debatido no próximo encontro do Clube de Leitura de Garibaldi, no dia 26 de junho. A atividade inicia a partir das 19h, na Biblioteca Pública Frei Miguel e é aberta a comunidade.
A obra é um romance do escritor português José Saramago, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas. O romance se tornou um dos mais famosos e renomados do autor, e fora, sem dúvida, um dos principais motivos para a escolha dele ao prêmio Nobel de literatura em 1998. A obra também foi adaptada para o cinema pelo diretor Fernando Meireles.
A proposta do encontro é comentar o livro e debater as diversas ideias que surgem de uma mesma leitura. O ideal é que os participantes tenham lido a obra. Ao final, um livro será sorteado entre os presentes, como forma de incentivo à leitura. Nesta data também será feita uma confraternização em alusão aos festejos juninos, os participantes estão convidados a compartilhar um prato de doce ou salgado.
Junto com o Clube de Leitura ocorre na sala de leitura infantil da Biblioteca, o Clube Kids, para as crianças e pré-adolescentes, respeitando suas fases de leitura e necessidades informacionais. Nele, os participantes debatem acerca das leituras que realizam ao longo do mês, trocam experiências e são incentivados a ler.
A obra
Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma “treva branca” que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.
O Ensaio sobre a cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar “a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam”. José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.
Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: “uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos”.