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Usinas no Rio das Antas impactadas pelos eventos climáticos de maio ainda buscam recuperação total

Somente a Usina Castro Alves, em Nova Roma do Sul, está operando normalmente e não foi impactada pelas enchentes

Ceran atualiza situação das usinas no Rio das Antas, após a cheia de maio
Foto: Reprodução/@iveltonmateuszardo

A Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) anunciou, nesta quinta-feira (12), que segue monitorando suas usinas e trabalhando para normalizar as operações após as cheias de maio de 2024, que afetaram parte de suas estruturas.

A Usina Castro Alves, localizada em Nova Roma do Sul, está operando normalmente e não foi impactada pelas enchentes. No entanto, a Usina 14 de Julho, situada em Cotiporã, está em operação parcialmente devido ao rompimento parcial da parte superior da barragem. Já a Usina Monte Claro, em Veranópolis, passa por um processo de modernização após sofrer danos significativos.

A Ceran destacou que todas as ações corretivas estão sendo realizadas sob supervisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com prioridade máxima para a segurança dos colaboradores e das comunidades atingidas. A empresa informou que as Defesas Civis foram mantidas informadas durante todas as fases dos eventos. Inspeções na barragem da Usina 14 de Julho confirmaram sua estabilidade estrutural, e os trabalhos de manutenção já estão em andamento.

A conclusão dos reparos, no entanto, dependerá das condições climáticas, especialmente com a aproximação do período de chuvas. No final de agosto, a Ceran apresentou o Plano de Ação de Emergência das Barragens (PAE) a representantes das Defesas Civis locais e estaduais, revisando estratégias de resposta a emergências nas barragens da companhia.

Usina 14 de Julho

A barragem da Usina 14 de Julho, apesar do rompimento parcial, encontra-se em condições seguras. A Ceran esclareceu que o incidente foi causado por dificuldades no acesso durante as chuvas intensas, o que impediu a abertura completa das comportas, levando à sobrecarga na parte superior da estrutura. A empresa garantiu que a barragem do Rio das Antas não ultrapassou os limites de vazão previstos.

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Estudos complementares apontam que o rompimento não agravou os impactos das cheias nos municípios da região. A Ceran reforçou que suas barragens, devido às características construtivas, não têm capacidade para conter cheias, mas continuam a monitorar e implementar as ações necessárias.

Por fim, a Ceran reafirma seu compromisso com a segurança da população e sua colaboração com os municípios por meio de projetos de educação ambiental e apoio social, visando minimizar os impactos futuros e garantir a proteção das comunidades locais.