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Região das Hortênsias fecha 2024 com a cesta de alimentos mais cara do RS

Preços dos alimentos nas Hortênsias apresentaram alta em dezembro
Preços dos alimentos nas Hortênsias apresentaram alta em dezembro | Foto: Divulgação/Ideme

Dados do Boletim de Preços Dinâmicos, editado pela Receita Estadual, revelam que o preço médio da cesta de alimentos no Rio Grande do Sul encerrou dezembro em R$ 284,75. O indicador reúne os principais itens da alimentação regular dos gaúchos. O resultado significa um aumento de 11,1% em 2024.

Conforme o levantamento, a região com a menor variação no ano foi o Vale do Jaguari, que abrange nove municípios – entre eles, Santiago –, com alta de apenas 1,7%. Já a Fronteira Noroeste, que inclui cidades como Horizontina e Santa Rosa, registrou a maior elevação, com aumento de 17,2%.

No ranking das regiões com a cesta mais cara, as Hortênsias, que inclui as cidades de Gramado e Canela, segue com a cesta mais cara do Estado. Em dezembro, o indicador chegou a R$ 330,06. O valor apurado representa um índice 22% acima do registrado na região coma cesta mais barata, a do Alto Jacuí, onde ficam Cachoeira do Sul e Restinga Seca, e onde o conjunto de alimentos custava R$ 271,36 no fechamento do ano passado.

O levantamento, que tem como base os preços registrados nas notas fiscais eletrônicas emitidas pelo varejo, pode ser acessado no site Receita.Doc.

Em queda

Entre os grupos de alimentos, o destaque foi para a queda registrada nas hortaliças, de 16,5% em dezembro – no acumulado do ano, o recuo foi de 33,6%. Isso apesar das perdas de produção causadas pelas enchentes, que elevaram o custo dos produtos em algumas regiões durante o período mais crítico da calamidade.

Segundo os pesquisadores, os preços mostram que o comportamento climático no restante do ano favoreceu o plantio e a colheita, o que contribuiu para a redução. Já o preço dos laticínios também recuou ao longo do ano, com queda de 3,5%.

No recorte por alimentos, o arroz registrou queda de 3% em dezembro, encerrando o ano a R$ 5,58 por quilo – o segundo valor mais baixo de 2024, ficando atrás apenas de abril. A batata inglesa teve redução expressiva de 34% no mês, finalizando o ano com o menor preço da série histórica, sendo vendida a R$ 3,99 o quilo.

A uva, com colheita típica do verão, também apresentou queda, de 33%, com o quilo comercializado a R$ 15,99 no varejo. Entre os itens pesquisados, o repolho foi o que registrou a maior queda no ano, um declínio de 57,2%.

Em alta

Por outro lado, o grupo de aves e ovos registrou alta de 32% em 2024, com variações regionais que chegaram a ultrapassar 60% no Alto Jacuí. O grupo de óleos e gorduras também apresentou elevação significativa no período, com aumento de 25,1%.

Os preços das carnes também subiram em dezembro. A maior alta foi da alcatra, que registrou aumento de 9,5%, atingindo R$ 56,90 o quilo. Já o peito e a coxa de frango apresentaram variações mínimas, mantendo praticamente os mesmos valores – R$ 24,99 e R$ 12,99 por quilo, respectivamente.

Outro aumento relevante foi o do café moído, que teve alta de 9% em dezembro. O produto encerrou 2024 como um dos itens com maior variação de preço, acumulando elevação de 40%. Entre os produtos pesquisados, a maior alta foi do azeite de oliva, cuja variação positiva foi de 47,3% em 2024.