EMERGÊNCIAS

Projeto que busca mais eficiência no Pronto-socorro tem adesão do hospital Tacchini

O Lean nas emergências é um programa nacional que agora será acompanhado pelo hospital de Bento Gonçalves

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Equipe do Tacchini está empenhada em melhorias constantes | Divulgação

O projeto Lean nas Emergências, que é uma iniciativa do governo federal, busca otimizar fluxos e processos no atendimento hospitalar, especialmente em Prontos-Socorros. A premissa é a melhoria contínua e tem como parceiro o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, que atua como tutor mentor do processo.

O projeto é baseado em metodologias de gestão voltadas à eficiência, permitindo que os hospitais melhorem a qualidade do atendimento e reduzam os tempos de espera sem a necessidade de ampliação da estrutura física. As melhorias abrangem protocolos, triagens e todos os pontos de interação com o paciente, com foco em aumentar a eficiência de cada etapa do atendimento.

Serão cinco as fases a serem levadas à implementação ao longo de 18 meses. Durante esse período, o hospital recebe apoio de consultores especializados e, ao final, assume a responsabilidade de manter e aprimorar continuamente os resultados obtidos. Atualmente, o Tacchini encontra-se na segunda fase do programa, que prevê o diagnóstico do desempenho de seus principais processos assistenciais e de apoio.

Acompanhamento de especialistas

Três consultores do Hospital Moinhos de Vento lideram a tutoria no Tacchini: Eduarda Bordini Ferro, Especialista Lean; Lucas Viana Coimbra, Médico Especialista Lean; e Arthur Felipe Ceraso, Líder Projeto Lean nas Emergências. Nos primeiros 12 meses, são realizados encontros mensais presenciais com as equipes do hospital, complementados por reuniões online para acompanhar o andamento das melhorias. Nos últimos seis meses, o suporte será remoto.

Impacto e benefícios

O projeto busca transformar a experiência dos pacientes no Pronto-Socorro a partir de três frentes: a melhoria dos fluxos de trabalho em áreas que impactam diretamente na jornada dos pacientes dentro da emergência; desenvolvimento e implantação de um Plano de Capacidade Plena para situações de superlotação dos hospitais; e disponibilização de acesso à uma plataforma para compartilhamento de experiências e oferta de conteúdos adicionais de qualificação.

“Alguns hospitais que participaram de ciclos de melhoria anteriores relataram reduções expressivas, como a passagem de quatro horas para apenas 50 minutos entre a chegada do paciente e o início do atendimento. Para cada R$ 1 investido no programa, são revertidos R$ 3,25 em valor para o SUS. Essa eficiência promove o melhor uso dos recursos públicos, ampliando o impacto positivo para a comunidade”, descreve Arthur Felipe Ceraso.

Melhoria contínua como norte

Lucas Viana Coimbra avalia que o projeto realizado no Tacchini é estratégico para reafirmar a qualidade das metodologias implementadas pelo programa. “Bento Gonçalves é muito grande e o hospital é referência para diversos municípios da região. Quanto mais o projeto der certo aqui, mais pessoas vão receber atendimentos de alta qualidade. A gente sabe do cuidado dispensado pelo Tacchini, mas queremos melhorar ainda mais. Esse é o conceito de melhoria contínua”, destaca.