O bairro Galópolis foi um dos que mais foram atingidos pela tragédia climática devido, principalmente, a uma série de deslizamentos de terras. Sete pessoas da comunidade morreram e várias famílias perderam ou tiveram que sair de casa.
Seis meses depois, algumas ainda estão desalojadas. Representantes destas famílias participaram, na noite desta terça-feira (12), de uma reunião com a chefe de Gabinete, Grégora Fortuna dos Passos; e o presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Rafael Vieira.
Os integrantes do Executivo anunciaram a prorrogação do auxílio do município. Serão disponibilizadas novas parcelas no valor de um salário mínimo (R$ 1.412) para cerca de 30 famílias. O valor será repassado até que elas retornem às moradias.
O secretário do Meio Ambiente, Daniel Caravantes explicou o andamento dos trabalhos técnicos.
“Acreditamos que até o final do ano, tenhamos uma etapa pronta para que possamos fazer as primeiras ações na região para a liberação de algumas moradias. Os trabalhos concentram-se em dois principais eixos: na rua José Casa e próximo à Cascata Véu de Noiva, local mais atingido com os deslizamentos que causaram mortes”, disse.
Os detalhes sobre o andamento do estudo foram informados pelo geólogo Nerio Susin, da Terra Service Geologia e Engenharia, empresa contratada pela Prefeitura para fazer os estudos geológicos, para explanar sobre o andamento do estudo.
Na região de Galópolis, há cerca de 10 casas inabitáveis e que precisam ser demolidas. Outras residências têm necessidade de remoção de terra nos terrenos. O secretário de Obras, Norberto Soletti, explicou que aguarda os estudos para poder realizar movimentação de terra.
“Não temos como mexer antes de ter a segurança para colocarmos as máquinas nestes locais. Sabemos que tem casas ainda com terra, mas precisamos dessa certeza que o terreno não irá se movimentar. Precisamos aguardar os laudos técnicos para orientar os proprietários de como proceder com as limpezas de seus terrenos”, informou.
Já o secretário da Habitação, Volmir Moschen, abordou sobre a busca por recursos federais para a reconstrução das moradias. A equipe da Defesa Civil atendeu aos moradores que ainda não receberam o Auxílio Reconstrução. Eles foram orientandos sobre como proceder e receberam a documentação necessária para solicitar novamente para aqueles que tiveram o auxílio negado.
Grégora dos Passos reafirmou os esforços do Município para auxiliar as famílias ainda desalojadas.
“Sabemos que se passaram quase seis meses da tragédia das chuvas e que Galópolis foi o bairro mais impactado. Estivemos aqui várias vezes e vamos vir sempre que for necessário. Precisamos passar por este processo de estudo para podermos ter a segurança de darmos respostas concretas, por isso investimos mais de R$ 1 milhão neste trabalho técnico”, salientou.