REUNIÃO

MobiCaxias e entidades cobram do governo do Estado melhorias e estudos para as rodovias da Serra Gaúcha

Durante o encontro com a comitiva, o governo estadual confirmou que o contrato com a empresa responsável pelas obras de recuperação na Rota do Sol será assinado até fevereiro

MobiCaxias e entidades cobram do governo do Estado melhorias e estudos para as rodovias da Serra Gaúcha
Foto: MobiCaxias/Divulgação

Uma comitiva regional composta por representantes de entidades regionais, como o MobiCaxias, Corede Serra, CICs Serra, Amesne e Cisga, se reuniram em Porto Alegre com o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, para debater os investimentos estaduais previstos no Plano Rio Grande. No encontro, realizado nesta semana, foram destacados os projetos de infraestrutura para melhorias nas rodovias da Serra Gaúcha.

Durante o encontro com a comitiva, o governo estadual confirmou que o contrato com a empresa responsável pelas obras de recuperação na Rota do Sol será assinado até fevereiro. Em outubro do ano passado, durante visita a Caxias do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou a divisão das rodovias em cinco blocos no RS, com investimentos superiores a R$ 3 bilhões. Entre as principais intervenções está a requalificação completa da Rota do Sol, que deve receber mais de R$ 500 milhões em melhorias, incluindo novo recapeamento asfáltico e recuperação de encostas.

O presidente do MobiCaxias, Rodrigo Postiglione, relatou que a rodovia irá receber intervenções entre Caxias do Sul e Lajeado Grande para recapeamento e sinalização, e em um segundo trecho entre Tainhas e a BR-101. Nesse sentido, também ressaltou o pedido para realização de estudo de pedágio no chamado Polo 4 da Rota do Sol, que possibilite fazer a duplicação e colocação de terceira pista em alguns trechos da via, incluindo na região de entrada do futuro Aeroporto de Vila Oliva.

O grupo também cobrou investimentos nas vias do polo rodoviário da Serra Gaúcha, assim como um cronograma de contrato de manutenção e obras previstos no contrato das rodovias concessionadas da região. O titular da pasta estadual informou que o aditivo no contrato, devido às enchentes enfrentadas no estado, está em elaboração pela equipe e tem previsão para postergação do prazo de execução em até cinco meses.

“O governo foi claro que o delay para início das obras será de quatro a cinco meses. Isso nos trouxe um alento grande, pois inicialmente tinha preocupação e medo que as obras poderiam demorar mais de um ano para serem iniciadas”, conta.

Além disso, as entidades também cobram a criação e a participação no Conselho de Usuários de Rodovias, prevista no projeto inicial. O grupo busca espaço para acompanhar obras, projetos, valores de pedágio e demais demandas relacionadas à região de modo a facilitar o processo de comunicação com a comunidade.

Também foram discutidas obras de infraestrutura em outros trechos importantes, como a recuperação da RS-448, entre Nova Roma do Sul e Farroupilha, e o asfaltamento da ERS-437, entre Vila Flores e Antônio Prado, como alternativa à BR-470.

Ficou definido que uma nova reunião será convocada para acompanhar o andamento das ações e estudos técnicos solicitados.

“Em cerca de 15 dias iremos voltar ao governo do Estado para tratar do estudo de viabilidade do Polo 4 na Rota do Sol e também da instituição do Conselho do Usuário. Infraestrutura, segurança e saúde são pautas muito importantes e que a gente sempre tem que estar trabalhando para ser atendidos da melhor forma “, finalizou.

O Plano Rio Grande é um programa de reconstrução e resiliência climática do governo do Estado, dividido em três eixos: Emergencial (ações focadas no curto prazo), Reconstrução (médio prazo) e Rio Grande do Sul do Futuro (longo prazo).