ALERTA

Casos de síndrome pé-mão-boca preocupam escolas em Porto Alegre

Um surto da síndrome é reconhecido quando pelo menos dois casos são confirmados em um mesmo local

Os sintomas, geralmente, surgem entre três e sete dias após o contágio. (Foto: Reprodução)
Os sintomas, geralmente, surgem entre três e sete dias após o contágio. (Foto: Reprodução)

Escolas de educação infantil de Porto Alegre estão em alerta devido ao aumento de casos da síndrome pé-mão-boca, vírus que afeta principalmente bebês e crianças. A Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), registrou, no dia 11 de setembro, 19 surtos envolvendo 161 pessoas, até mesmo adultos.

Uma das escolas afetadas foi a Conto de Fadas, localizada no bairro Partenon. Neli Arelano, diretora e proprietária, contou que o surto aconteceu entre julho e agosto, e começou com uma criança do berçário, entre 1 ano e 2 meses. Segundo a diretora, a bebê foi para casa com febre. O médico não teria conseguido ver que se tratava da doença, porque não tinha as máculas ainda.

“Aí ela voltou para escola e, no terceiro dia, já estava com as bolinhas. Só que nesses três dias, ela passou para oito coleguinhas e uma professora”. conta

O vírus acabou atingindo também a turma do Maternal. No total, foram 18 crianças e mais uma professora infectados.

Um surto da síndrome pé-mão-boca é reconhecido quando pelo menos dois casos são confirmados em um mesmo local. A doença, causada por vírus do grupo dos enterovírus, costuma aparecer em surtos devido à facilidade de transmissão entre crianças em contato próximo. Os sintomas, geralmente, surgem entre três e sete dias após o contágio. Os primeiros sinais incluem febre, mal-estar e falta de apetite, seguidos por pequenas manchas ou bolhinhas na boca, mãos e pés (o que dá origem ao nome da doença).

Outro ponto importante é que a doença pode ocorrer mais de uma vez. A transmissão acontece pelo contato direto com secreções da boca, gotículas de tosse e espirro, fezes ou objetos contaminados. Por isso, medidas simples de prevenção fazem a diferença: manter a higiene das mãos, limpar brinquedos e superfícies com frequência e afastar temporariamente crianças com sintomas.

O tratamento é de suporte, com foco em hidratação, controle da febre e alívio do desconforto. A recuperação costuma acontecer entre 7 e 10 dias. Já casos mais graves, com complicações neurológicas, são raros.