Porto Alegre

Capital gaúcha foi a primeira cidade brasileira a celebrar o Dia Das Mães

(Foto: ACM/Divulgação)
(Foto: ACM/Divulgação)

O Dia das mães foi criado nos EUA em 1908 e chegou ao Brasil 10 anos depois, na capital gaúcha se tornando uma das datas mais importantes no país. Ela foi oficializada, por um decreto emitido pelo presidente Getúlio Vargas.

O Dia das Mães foi criado como uma homenagem à vida de Ann Jarvis. O falecimento dela, em 9 de maio de 1905, afetou bastante a sua filha, Anna Jarvis. Anos depois, ela decidiu criar uma data comemorativa para homenagear a sua mãe.

O trabalho de Anna Jarvis fez com que um memorial em homenagem a ela fosse realizado em maio de 1908 — esse foi o primeiro Dia das Mães. Anna se engajou para que o dia fosse uma data comemorativa nos Estados Unidos. Em 1914, o Congresso norte-americano estabeleceu o segundo domingo de maio como o data para a celebração, e a medida foi ratificada pelo então presidente do país, Woodrow Wilson.

Mas e como ela chegou ao Brasil? 

Conforme os historiadores, a primeira celebração do tipo aconteceu em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Essa primeira vez foi promovida pela Associação Cristã dos Moços do Rio Grande do Sul (ACM). A data foi trazida ao Brasil pelo então Secretário-geral da instituição, Frank Long.

No dia 12 de maio de 1918, um domingo chuvoso em Porto Alegre, o salão social da ACM aos poucos foi se enchendo de pessoas, que se uniam ali para celebrar o primeiro Dia das Mães do Brasil.

Na ante-sala, em uma mesa, envelopes e papel de correspondência convidavam aqueles que tivessem as mães distantes para que lhes escrevessem uma mensagem de afeto. Na entrada do salão, vasos de cravos vermelhos e brancos enfeitavam o ambiente, e cada pessoa que entrava recebia uma flor que era colocada em sua lapela por Eula Kennedy Long, brasileira e esposa de Frank Millard Long, secretário-geral da ACM.

O discurso oficial foi proferido pelo professor Mozart de Mello, seguido por uma apresentação de um quarteto vocal e de declamações da distinta poetiza e escritora brasileira Júlia Lopes de Almeida.

A festividade teve grande acolhida. Em 1919 foi a vez da ACM do Rio de Janeiro realizar sua primeira celebração, seguida em 1921 da ACM de São Paulo. Aos poucos, a data foi ganhando adeptos até se espalhar por todo o Brasil.