Cidades

Dez suspeitos de movimentar R$ 27 milhões com tráfico de drogas ao RS são presos em operação

Operação Catena desmantela esquema interestadual que utilizava frota de caminhões para transporte de drogas no Rio Grande do Sul

Operação Catena
Foto: Polícia Civil

Um esquema interestadual de tráfico de drogas foi desmantelado nesta quinta-feira (22) durante a Operação Catena, realizada pela Polícia Civil no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O grupo criminoso, que utilizava uma frota de caminhões de uma transportadora para introduzir drogas no território gaúcho, teve 10 integrantes presos, e cerca de R$ 27 milhões foram bloqueados pelas autoridades.

A operação foi conduzida pela 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (1ª Din/Denarc), que executou 13 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Canoas, São Leopoldo, Santo Antônio da Patrulha, Cachoeirinha, Xangri-lá, Guaíba e Três Coroas no Rio Grande do Sul, além de Joinville e Itapoá em Santa Catarina.

Durante a ação, foram apreendidos três veículos de luxo, entre eles um Chevrolet Camaro avaliado em mais de R$ 500 mil, uma caminhonete Land Rover Evoque e um Porsche, ambos com valor médio de R$ 400 mil. O Porsche, encontrado com um homem de 28 anos apontado como o líder do esquema, já havia pertencido ao influenciador digital Nego Di. O influenciador, atualmente preso na Penitenciária Estadual de Canoas 1 (Pecan 1) por suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro, não é alvo da Operação Catena nem está relacionado aos crimes investigados.

A investigação que resultou na Operação Catena teve início após a prisão em flagrante de três homens no município de Bom Jesus do Oeste, em Santa Catarina, em abril deste ano. Na ocasião, um dos suspeitos foi detido enquanto transportava 707 quilos de maconha em uma carreta, enquanto outros dois agiam como batedores para alertar sobre a presença de policiais na região. Durante a abordagem, o motorista admitiu que as drogas vinham do Paraguai e seriam distribuídas na região metropolitana de Porto Alegre.

As apurações indicaram que o grupo criminoso usava uma transportadora de Santa Catarina como fachada para dissimular o transporte de drogas, ocultando tijolos de maconha, crack e cocaína em meio a cargas de produtos eletrônicos. Além disso, foi revelado que o líder do esquema utilizava o galpão da transportadora para sequestros, cárcere privado e extorsão, contando com o apoio de seus pais e outros familiares, que também foram alvos da operação.