EM NOVEMBRO

Novo recorde de empregos em Bento Gonçalves

NOVO RECORDE
Município segue gerando empresgos | Alessando Manzoni

Marca foi atingida em novembro e recuperação de serviços de hospedagem contribuíram para o indicativo

Um novo recorde foi batido no mês de novembro para o número de pessoas com emprego formal em Bento Gonçalves: 50.460 empregos formais. Esta é a quinta marca com variação positiva na cidade,

Trata-se do maior número desde o início da série do Observatório da Economia (Oecon), organizado pelo CIC Bento Gonçalves, a partir dos dados do Novo Caged, em janeiro de 2020. A novidade no levantamento de novembro é uma recuperação dos setores de Serviços e Comércio e, dentro destes setores, a atividade de Alojamento, uma das mais prejudicadas pelas cheias de maio, com um saldo positivo de 47 vagas em novembro, foi a de melhor desempenho no mês. Um alento, uma vez que, no acumulado do ano, a atividade ainda apresenta saldo negativo de -100 vagas. O setor de Serviços acumula variação negativa de -79,7% vagas em relação ao mesmo período de 2023. Também o comércio tem variação negativa de -29,2%.

O saldo positivo de 31 vagas em novembro em relação a outubro considera todos os setores. No acumulado do ano, são 1.865 vagas de saldo, representando 55,2% a mais do que no mesmo período de 2023. Em nível nacional, a variação do acumulado em relação aos 11 primeiros meses de 2023 foi de 16,8% e, no Rio Grande do Sul, passado o impacto das cheias, a variação foi de 20,5%. Bento Gonçalves foi o 12º município gaúcho com maior saldo de vagas acumuladas até novembro. Quando considerado somente o setor da Indústria, porém, é o segundo com o melhor índice. Mesmo com queda de -45 vagas em novembro em relação a outubro, a fabricação de Móveis acumula 534 novos empregos, a fabricação de Máquinas e Equipamentos, 137 vagas, e a de Produtos de Metal outras 123.

O setor Industrial acumulou 1.301 vagas de saldo até novembro de 2024, representando 420,4% a mais do que no mesmo período de 2023. Variação percentual ainda maior teve o setor da Construção, com saldo de 281 vagas acumuladas, e uma variação de 659,5% em relação aos 11 primeiros meses do ano passado. Em novembro, a Construção de Edifícios, com 13 empregos a mais do que em outubro, foi a segunda atividade que mais gerou empregos em Bento Gonçalves. No acumulado do ano, a Construção de Edifícios tem saldo de 96 vagas e os Serviços Especializados para a Construção, 128 vagas de saldo.

Pela primeira vez, o Oecon apresenta um indicativo da rotatividade de empregos. Enquanto em Bento Gonçalves, em média, antes de ser desligado, um trabalhador permanece 16,5 meses em uma empresa (entre 1,4 mês na Agropecuária e 19,7 meses na Indústria), no Rio Grande do Sul, são 18,9 meses e, no Brasil, 18,5 meses. Em novembro, admissões e demissões, os dois índices ficaram acima dos 1,8 mil postos de trabalho. A média mensal nos últimos 12 meses foi de 2.274 admitidos e de 2.181 desligamentos. Enquanto a variação de empregos formais, a partir de dezembro do ano passado, foi de 3,8% em Bento Gonçalves, a variação na criação de MEIs no mesmo período foi levemente superior, de 4,1%.

Para dezembro de 2024, a projeção é de leve retração na geração de empregos, considerando o comportamento do mercado de trabalho nos últimos anos:  a estimativa é de queda de até -1,5% no volume de empregos formais em Bento Gonçalves, abaixo dos 50 mil empregos.