Pela segunda vez, a Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Caxias do Sul (Seapa) volta a ser comandada por Rudimar Menegotto. Ele havia se licenciado, no ano passado, para concorrer a vereador, mas foi nomeado para o novo secretariado do prefeito Adiló Didomenico (PSDB) e do vice, Edson Néspolo (União). Neste período, a pasta ficou sob a administração do também ex-secretário, no governo Flávio Cassina (2000), Valmir Susin.
Com a experiência adquirida em quase quatro anos no exercício do cargo, Rudimar avalia que 2024 foi um ano difícil para a agricultura caxiense. O fato se deve, principalmente, aos efeitos da tragédia climática.
“Teve momentos em que não conseguíamos nem mesmo chegar nas propriedades. Muits estragos. Pessoas que tiveram que abandonar as residências. Esperamos que os próximos quatro anos sejam mais tranquilos, justamente para podermos fazer um trabalho organizado e de forma planejada”, avalia.
Metas
Segundo Rudimar, nesta segunda gestão à frente da Seapa, a intenção é dar continuidade a projetos em andamento e implantar novas ações destinadas aos produtores rurais. Inicialmente, a ideia é concluir o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural. O documento é um diagnóstico da agropecuária, com a participação das comunidades, e que servirá de base para criação de novas políticas públicas para a área.
Outra meta é transferir a estrutura administrativa da Seapa para um local mais amplo e de melhor acessibilidade. Atualmente, funciona junto ao prédio da Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade, na rua Moreira César, no bairro Pio X. A ideia que deve tomar forma, neste ano, é a mudança para o complexo da Metalúrgica Abramo Eberle S/A (Maesa), no bairro Lourdes.
Outra meta é avançar em um projeto com a finalidade de proporcionar a recuperação de solos e drenagem. Os recursos foram solicitados ao governo do Estado, no final do ano passado, juntamente com o ex-secretário Susin. Devem ser beneficiadas propriedades atingidas pelo temporal de maio, que sofreram desgaste, rachaduras e até mesmo desmoronamentos., como forma de prevenir possíveis novas ocorrências climáticas.
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Ainda segundo Rudimar Menegotto, este ano, o Horti Serra deve avançar em organização. A sétima edição está prevista para março. Entre as possibilidades está reunir as empresas de produtoras de sementes, a fim de fazer testes de comprovação das variedades que melhor se adaptem ao solo da região. Também está no plano de gestão, um trabalho de reestruturação das feiras, por meio de um estudo de avaliação dos modelos já existentes.
Sistema antigranizo
Uma outra prioridade é a implantação do projeto ‘antigranizo’, em Caxias do Sul e região. Trata-se de uma tecnologia que utiliza um canhão e um sistema de monitoramento por satélite para impedir a formação de granizo. O equipamento emite ondas sonoras que transformam as pedras de gelo em chuva.
Em janeiro, será realizada uma reunião com municípios próximos para discutir a participação de cada um. O investimento estimado é de cerca de R$ 15 milhões. Valor que deve ser rateado entre os municípios consorciados.
“Até que no ano passado, tivemos apenas áreas atingidas por granizo de forma pontual. Pretendemos viabilizar este projeto, que já existe em Santa Catarina há quase 30 anos, para que possamos minimizar o impacto nas nossas propriedades. Vamos conversar com as cidades da região, porque é um projeto coletivo. Os técnicos do Estado avaliaram como positivo este sistema e o governo pode investir recursos também”, explica o secretário.
Com relação a recursos para os produtores, Rudimar Menegotto garante os financiamentos de até R$ 30 mil, com recursos do Fundo Municipal do Desenvolvimento Rural. A intenção também é incrementar os valores que estão definidos no orçamento do município.
