POLÍCIA

Mãe e padrasto são presos por espancar bebê de um ano até a morte em Taquara

A prisão do homem de 31 anos, foi realizada no bairro Padilha, em Taquara, enquanto a mulher, de 24 anos, foi detida no bairro Bom Pastor, na cidade vizinha de Igrejinha

Foto: Polícia Civil
Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu preventivamente, na noite de terça-feira (6), a mãe e o padrasto de um bebê de 1 ano e 5 meses, suspeitos de matar, de forma brutal, a criança no dia 8 de abril, em Taquara, no Vale do Paranhana. A investigação aponta que o menino foi vítima de espancamento, tortura e sufocamento.

A prisão do homem de 31 anos, foi realizada no bairro Padilha, em Taquara, enquanto a mulher, de 24 anos, foi detida no bairro Bom Pastor, na cidade vizinha de Igrejinha. Ambos foram encaminhados aos procedimentos de praxe e estão à disposição da Justiça.

Segundo o delegado Valeriano Garcia Neto, responsável pela investigação, inicialmente os familiares relataram que o bebê havia caído da cama. No entanto, o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) revelou uma verdade muito mais cruel. “Não restou dúvida para nós de que esse menino foi duramente espancado”, afirmou.

O laudo indicou ferimentos graves na cabeça, no tórax e nas costas, incompatíveis com uma simples queda.

“A morte se deu por traumatismo craniano e não resta dúvida de que foi uma morte dolorosa, porque ele estava tendo convulsões e vômitos. Uma situação bem difícil para ele. O laudo é um instrumento contundente”, acrescenta Garcia Neto.

O delegado também destacou que a cena descrita pelos responsáveis não condizia com os ferimentos encontrados.

“Fomos à cena para tentar entender e percebemos que não era possível que todas aquelas lesões tivessem sido provocadas por uma única queda de uma altura relativamente baixa, em um chão que não era duro, pois tinha um carpete ali”, explica.

Após a prisão da dupla, novos depoimentos serão para que a polícia consiga entender e esclarecer a dinâmica das agressões e como tudo, realmente, aconteceu. Ainda segundo o delegado, havia outras crianças na casa, que já foram retiradas do local pelo Conselho Tutelar e encaminhadas a um ambiente seguro. A Polícia Civil também trabalha para esclarecer o motivo das agressões.

Fonte: Correio do Povo