
A temporada de verão em Torres, no Litoral Norte gaúcho, começou com uma movimentação atípica na orla. Mesmo sem a oficialização completa do processo licitatório, diversos quiosques abriram suas portas nos dias que antecederam o Natal.
A medida, tomada de forma coletiva pelos comerciantes, busca salvar o faturamento da época mais importante do ano após meses de incertezas jurídicas.
Embora a Prefeitura de Torres tenha liberado a assinatura digital dos contratos apenas em 23 de dezembro, a estrutura de muitos pontos já estava montada e operando. Para os quiosqueiros, a abertura antecipada foi uma necessidade de sobrevivência financeira.
“A gente se moldou à situação. Pelo edital, a entrada estava prevista para dezembro, então optamos por operar para minimizar as perdas de semanas de incerteza”, relatou um comerciante.
A correria para colocar as estruturas em pé resultou em uma montagem acelerada que avançou pelo feriado de Natal. Os proprietários apontam que o cenário ideal previa o início das atividades em outubro, o que garantiria:
- Melhor planejamento logístico;
- Treinamento adequado de equipes;
- Estruturas finalizadas e testadas;
- Atendimento superior aos veranistas.
O imbróglio começou em outubro de 2025, quando a administração municipal anulou o edital anterior citando falhas administrativas. O caso escalou para o Legislativo, resultando na abertura de uma CPI na Câmara de Vereadores para investigar o processo.
A homologação atual permite que os vencedores regularizem sua situação nos próximos dias. Até o momento, a Prefeitura de Torres não se manifestou oficialmente sobre o início das atividades antes da assinatura definitiva dos documentos.