O Porto Meridional de Arroio do Sal foi o centro das discussões em uma reunião realizada an semana passada, em Porto Alegre. O encontro, entre o vice-governador Gabriel Souza e uma comitiva do Chile, tratou da Rota Bioceânica Sul (Rota 5), um corredor logístico estratégico que deve unir Brasil, Uruguai, Argentina e Chile por rodovias e hidrovias.
Participaram ainda do encontro o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Leandro Evaldt, e o prefeito de Arroio do Sal, Luciano Pinto. Segundo Gabriel Souza, os estudos ambientais para o Porto já estão em andamento, visando a obtenção da Licença Ambiental Prévia.
O projeto, que conta com autorização do Ministério de Portos e Aeroportos, da Marinha e da Secretaria do Patrimônio da União, será formalizado como Terminal de Uso Privado (TUP) após contrato com a Antaq.
O investimento previsto é de R$ 6 bilhões, com expectativa de gerar 1,5 mil empregos diretos e quase 5 mil indiretos durante a fase de construção.
“Esse é um projeto histórico, que vai impulsionar o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e ampliar a presença dos nossos produtos no mercado internacional”, destacou o vice-governador.
A previsão é de que as obras tenham início no primeiro quadrimestre de 2026 e que a operação comece em 2028, com capacidade de movimentar até 53 milhões de toneladas por ano e receber navios de até 399 metros de comprimento. O empreendimento ainda depende da análise do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pelo Ibama.
Integração com porto do Chile
Para o Chile, o Porto Meridional será fundamental para escoar produtos ao mercado asiático, reforçando o papel estratégico do Rio Grande do Sul na integração logística da América do Sul.
Outro ponto de destaque da reunião foi a Rota Bioceânica Sul (Rota 5), que busca ligar os portos do Atlântico (Rio Grande, Porto Alegre, Pelotas, Montevidéu e Buenos Aires) aos do Pacífico (Valparaíso e San Antonio, no Chile).
O Rio Grande do Sul, por concentrar um terço das cidades gêmeas e municípios de fronteira do Brasil, deve desempenhar papel central na iniciativa, que vem sendo debatida desde 2023 entre autoridades do Chile, Uruguai, Argentina e parlamentares de RS e SC.