
Conforme prevê o Marco Legal do Saneamento, Torres caminha para se tornar a primeira do Litoral Norte a atingir a universalização do tratamento de esgoto nas áreas urbanas. Com investindo mais de R$ 44 milhões, na ampliação e modernização do sistema de esgotamento sanitário do município, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) já beneficia mais de 23 mil residências.
A meta é alcançar 78% de cobertura até o final deste ano, avanço possibilitado por obras que incluem redes coletoras, ramais domiciliares, novas elevatórias e a completa reestruturação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mampituba.
A ETE, localizada na Estrada da Salina, passa por uma transformação considerada inédita na região, com investimento de R$ 24 milhões. O projeto prevê a modernização do sistema biológico, incluindo a adaptação das lagoas de tratamento e a implantação de processos mais avançados, como o tratamento terciário.
Entre as inovações, destacam-se 39 aeradores flutuantes do tipo cachoeira e 20 misturadores submersos, que aumentam a eficiência do tratamento ao incorporar oxigênio e garantir a homogeneidade da água.
A ETE Mampituba, que tem capacidade atual de até 215 litros por segundo, receberá ainda um novo bloco hidráulico automatizado, unidade de desaguamento de lodo, sistema de dosagem de produtos químicos, novas tubulações, emissário final e elevatória.
Além das obras na estação, a Corsan destina R$ 16,3 milhões à implantação de redes e ramais em cinco bairros, beneficiando mais de 2,5 mil famílias. Nos bairros Centenário, São Jorge, Salinas e Engenho Velho, já foram construídos 20 dos 23,5 quilômetros previstos, com conclusão estimada ainda para este ano. A expectativa é que, no primeiro semestre de 2026, os moradores possam conectar suas residências ao sistema.
Na Vila São João, as intervenções iniciadas em junho incluem 31,8 quilômetros de tubulações e sete elevatórias, com investimento de cerca de R$ 8,8 milhões. A previsão é de que a população tenha acesso ao esgotamento sanitário no fim de 2026.