Agro Rural

Produtividade, sustentabilidade e qualidade são focos de visita técnica da Cooperativa Vinícola Garibaldi à Itália

Comitiva de cooperados percorreu as principais regiões vitivinícolas do país aprendendo sobre impacto de mudanças climáticas e de mercado

busca por conhecimento
Fotos: Divulgação

Partindo da premissa de busca por conhecimento para aplicar no trabalho, a Cooperativa Vinícola Garibaldi esteve com um grupo de 12 cooperados na Itália, nas últimas semanas, em busca de tecnologias e tendências da vitivinicultura com foco na sustentabilidade.

A visita se estendeu por dez dias a diversas regiões produtoras do país, tais como Asti, no Piemonte, famosa mundialmente pelo espumante moscatel; Verona, no Vêneto, terra do admirado Valpolicella; e Bréscia, na Lombardia, lar do conhecido espumante Franciacorta. A comitiva esteve em vinícolas, cooperativas, fabricantes de acessórios e institutos de pesquisa além dos vinhedos.

Investimentos continuados

As viagens técnicas fazem parte de um movimento de busca de aperfeiçoamento da Cooperativa Vinícola Garibaldi. No ano passado, uma visita similar foi realizada à Itália por uma comitiva da cooperativa.

“Essas ações vão ao encontro dos nossos propósitos cooperativos de valorização das pessoas e de formação das famílias cooperadas”, comenta o presidente da Cooperativa, Oscar Ló.

Dentro do pensamento estratégico da Garibaldi, estão programadas novas viagens para os próximos anos, a fim de que mais cooperados tenham essa vivência. A ação visa a incentivar o incremento de tecnologias aplicadas ao manejo do campo e, também, a continuidade das propriedades.

Quem já participou destaca a importância desse movimento.

“A viagem foi importante para ter outra visão do mundo em todas as áreas, reforçando a necessidade de estar sempre em busca de novos conhecimentos e preparados aos efeitos das mudanças climáticas e do mercado. Voltei com muitas ideias para tornar nossa propriedade mais produtiva, sustentável e com foco na qualidade”, conta o cooperado Mateus Foppa, de 24 anos, que esteve acompanhando o grupo.


 

Berço do Prosecco

Nas visitas técnicas, os cooperados perceberam como as mudanças climáticas preocupam os produtores. Outra apreensão é com a falta de mão de obra, o que tem levado a um aumento da mecanização, tanto nos vinhedos quanto nas cantinas. A comitiva acompanhou, ainda, como os italianos estão interessados na preservação do solo e na exploração de seus terroir.

Em Pordenone, por exemplo, na região de Friul-Veneza Júlia, conheceram viveiros de mudas em sistema cooperativo, e em Conegliano, no Vêneto, visitaram Cooperativas e Vinícolas onde é elaborado o Prosecco, espumante que é o mais comercializado no mundo. A viagem também aproximou os cooperados de alguns desafios enfrentados por algumas regiões.

Em Valdobbiadene, também no Vêneto, acompanharam a situação de dificuldade de continuidade das propriedades. De modo geral, perceberam as novas tendencias de consumo de vinhos mais leves, jovens e com menor teor alcoólico. Assim, como a tendência de crescimento e consumo de vinhos brancos.