A Câmara de Indústria e Comércio (CIC Garibaldi) divulgou os resultados de uma pesquisa realizada entre os dias 4 e 31 de julho para avaliar a realidade enfrentada pelas empresas na ocupação de postos de trabalho. O levantamento contou com a participação de 81 empresas, abrangendo indústrias (51,9%), prestadoras de serviços (25,9%) e comércio (22,2%), de diferentes portes – de dois a 1.500 funcionários.
Segundo os dados apurados, 87,7% das empresas informaram ter vagas em aberto, que somam cerca de 450 oportunidades de emprego na cidade. As funções vão desde cargos administrativos e de apoio até áreas operacionais e técnicas, como produção, logística, manutenção, motorista, padeiro, estofador, mecânico, eletricista, marceneiro, operador de máquinas e técnico de informática.
A faixa salarial predominante das vagas abertas está entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (57,9%), seguida por salários entre R$ 3 mil e R$ 4 mil (23,5%), com oportunidades que ultrapassam os R$ 5 mil de remuneração mensal (6,2%).
O estudo também identificou os principais canais utilizados na procura por mão de obra. As redes sociais (71,6%) lideram como a ferramenta mais usada, seguidas por indicação de colaboradores (65,4%), consultorias e agências de emprego (51,9%), e bancos de currículos internos (38,3%). O Banco de Talentos da CIC aparece como alternativa para 16% dos respondentes.
Principais entraves
Entre os fatores que dificultam a contratação, as empresas apontam a falta de qualificação e experiência específica, alta rotatividade, além de questões estruturais como transporte, custo de moradia, concorrência salarial e até desinteresse de candidatos em determinadas funções. Também foram citadas dificuldades culturais e geracionais, como a busca por maior flexibilidade e a preferência de alguns por manter benefícios sociais em vez de assumir empregos formais.
Para o presidente da entidade, Carlos Bianchi, a cidade é reconhecida por sua força industrial, pelo dinamismo do comércio e pelo potencial turístico em expansão, porém, os dados da pesquisa reforçam que o desequilíbrio entre a oferta de vagas e a disponibilidade de profissionais já é um dos principais entraves ao desenvolvimento.
“Para que possamos sustentar esse crescimento precisamos garantir que não falte aquilo que é mais essencial: as pessoas. A CIC continuará atuando como articuladora entre empresas, poder público e comunidade, em busca de soluções que garantam o futuro econômico de nossa cidade”, salientou.