
Moradores das margens da VRS-813, em Farroupilha, onde foi construída a Ciclovia Desvio da Cerveja, têm passado por momentos de “grande dor de cabeça” por conta da nova obra. A falta de circulação nas laterais do asfalto atrapalha o trabalho dos agricultores da região, que tem dificuldades em acessar suas propriedades.
A principal reivindicação é que, por conta da ciclovia, não existe mais uma área de acostamento adequada para que ocorra a rodagem, ou ainda se algum veículo apresentar problemas possa parar com segurança. A rota liga os municípios de Farroupilha, Garibaldi e Carlos Barbosa.
Onde há acostamento, está em péssimas condições, com terra, buracos e pedras soltas. Uma parada de ônibus instalada no ponto prejudica usuários de transporte coletivo.
O primeiro dos três trechos possui aproximadamente 800 metros e foi entregue em 17 de abril. A segunda parte foi concluída em 3 de julho (1,1 km) e a terceira parte do trajeto foi inaugurada recentemente, em 10 de dezembro (mais 1,1 km).
A reportagem do Portal Leouve esteve no local na manhã desta terça-feira (11). Um morador, que não quis se identificar, salientou que passa por dificuldades no manejo de seu maquinário.
“Tá bem precária a situação. Pra gente que roda com maquinário está sendo bem complicado. Eu não tenho condições de carregar o trator em cima de um caminhão pra rodar até minha propriedade, sair de Nova Sardenha até o São Luiz. Se for ver a ciclovia vem atrapalhando não só pra mim mas pra muitas pessoas”, afirma ele.
Conforme dados da Prefeitura de Farroupilha, o investimento na Ciclovia Desvio da Cerveja foi de aproximadamente R$ 8,18 milhões, com recursos do Governo do Estado (R$ 3,27 milhões) e contrapartida do Executivo (R$ 4,91 milhões).