Mais uma safra de verão está se aproximando. A nível de Estado, a safra de uva para industrialização teve uma queda de 26,58% em relação a 2023, com a produção de 485.564.476,63 quilos de uvas viníferas, americanas e híbridas. O município de Farroupilha tem expectativas contidas, principalmente quanto as culturas de pêssego e uva.
O pêssego está sendo colhido numa safra considerada mediana, porém com boa remuneração e qualidade, já que houve perdas pela geada na fruta mais precoce. Até a próxima semana ainda existe uma boa colhida desta cultura no município.
Por outro lado a colheita de uva se encaminha para uma colheita antecipada, que deve se iniciar antes do que no ano passado. Em quantidade também é considerada mediana. Um fator que tem ajudado na produção foi a registro mais contido de chuvas. Em algumas regiões de Farroupilha, inclusive, pode-se notar a ocorrência de déficit hídrico, mesmo que não comprometedor ao produto final.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Farroupilha (Sintrafar), Márcio Ferrari, comentou ao Portal Leouve que as expectativas para as culturas de pêssego e uva são de safras médias:
“As safras de verão estão se encaminhando numa média histórica. Não vai ser uma grande safra, nem de pêssego, nem de uva. As expectativas são de safras médias. No restante a situação é tranquila. Vamos ver agora nos próximos dias se não vamos ter nenhuma intempérie tipo granizo ou seca, mas a princípio se desenha uma safra mais tranquila em comparação com a do ano passado, porém com menos quantidade de uva”, afirmou.
Ao mesmo tempo que culturas como milho e pastagens de verão poderiam receber mais uma chuva considerada boa para a agricultura. O presidente do Sintrafar expôs um problema que vem sendo percebido em Farroupilha:
“O que muitos produtores estão se queixando, e isso provavelmente tem como causas o excesso de chuvas da primavera do ano passado e também desse inverno, é da mortandade de parreiras, algo assim nunca visto. Em algumas regiões inclusive com parreirais inteiros praticamente mortos”, salientou Ferrari.
As raízes que permaneceram por muito tempo no solo molhado, praticamente encharcado, acabaram apodreceram pelo excesso de umidade, prejudicando os frutos e posteriormente, a produção final.