Mais de 300 servidores municipais reuniram-se no Centro Comunitário Luterano, em uma assembleia convocada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Farroupilha (SISMUF), na noite desta terça-feira (21). O encontro teve como pauta principal a análise do pacote de medidas proposto pelo governo municipal, que prevê alterações significativas na vida funcional dos trabalhadores públicos.
Conduzida pela presidente Beatriz Sosnoski e pelo vice-presidente Mateus Silveira, a assembleia foi marcada por debates intensos, preocupação coletiva e um forte sentimento de resistência diante das propostas apresentadas.
“Essas propostas não representam avanço. Elas representam retrocesso na vida funcional de quem serve diariamente à cidade”, afirmou a presidente Beatriz Sosnoski, destacando que as medidas afetam diretamente o equilíbrio emocional e financeiro dos trabalhadores públicos.
Durante a assembleia, os servidores também analisaram as implicações da reforma previdenciária municipal, que penaliza pensionistas, e discutiram a necessidade de equiparação salarial entre cargos de mesma formação. Outro ponto de forte crítica foi a criação de 286 cargos temporários, considerada uma iniciativa que fragiliza o serviço público e impacta negativamente o fundo previdenciário municipal.
As divergências, contudo, foram unânimes em um ponto: falta de clareza em várias das propostas apresentadas pelo Executivo, que permitem interpretações ambíguas e levantam dúvidas sobre seus reais impactos. A categoria cobrou que qualquer alteração seja amplamente debatida e não avance sem a participação efetiva dos servidores.
O sentimento geral entre os presentes foi o de união, resistência e firmeza na defesa dos direitos conquistados ao longo de décadas. O sindicato destacou que continuará acompanhando cada proposta e convocará novas assembleias conforme o andamento das negociações.