DESLIZAMENTOS

Estudo geológico aponta fragilidade da margem esquerda do Arroio Pinhal, em Galópolis

Levantamento técnico para avaliar estragos provocados pelo excesso de chuva em maio completa dois meses

Estudo geológico deve ser concluído até dezembro deste ano
Estudo geológico deve ser concluído até dezembro deste ano | Foto: Ícaro de Campos/Prefeitura de Caxias do Sul

Após dois meses de trabalho, um levantamento técnico realizado pela empresa Terra Service Geologia e Engenharia, no distrito de Galópolis, começa a revelar as conclusões e indícios preliminares sobre os estragos causados pelo excesso de chuva registrado em maio. A consultoria tem até quatro meses para concluir o laudo.

O geólogo e empresário Nério Susin, responsável pela empresa, informa que a investigação está seguindo o cronograma previsto. O trabalho consiste em descrever a causa dos deslizamentos. A apuração vai servir de base para o estudo que apontará a necessidade, por exemplo, da estruturação de um sistema de alerta ou de adequações geométricas nos terrenos, com previsão de expressiva movimentação de terra.

Atualmente, uma das equipes está no lado oeste de Galópolis, à direita das margens do Arroio Pinhal. No ponto onde uma das equipes atua, onde houve o registro de sete mortes, às margens do Km 161 da BR-116, Susin explica que o levantamento inicial aponta um comportamento diferente dos registros da margem esquerda do arroio, onde fica localizada a maior parte da população do bairro e a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompéia.

“No lado esquerdo o talude leste teve um movimento de rastejo. Aqui neste ponto, no lado leste, as perfurações visam medir a resistência do solo em diferentes profundidades. Aliado a outros ensaios, estamos avaliando o comportamento do solo em condições diferentes, ou seja, seco e molhado”, explica Susin.

O trabalho inicial não inclui movimentação de terra e uso de máquinas pesadas, pois se trata da apuração de informações que integrarão o estudo. As primeiras intervenções da empresa ocorreram na rua José Casa (lado esquerdo do arroio), uma das mais prejudicadas pela intempérie.

Além dos estudos geotécnicos, foi contratada a modelagem do arroio para que dê vasão a volumes excepcionais de chuva, sem transbordamento. Estão previstas 120 análises, 30 perfurações de sondagens, identificação de rochas e análises de solo. O investimento do Município para a realização dos levantamentos é de R$ 1 milhão.