Nesta quarta-feira (21), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, reuniu-se com o presidente Luís Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, em Brasília, para tratar de medidas emergenciais de apoio ao Estado após as enchentes. A audiência teve como foco principal a apresentação de três demandas prioritárias: flexibilização do programa federal de manutenção de emprego e renda, facilitação do acesso a crédito para empresas afetadas pela calamidade e ações robustas de suporte ao agronegócio gaúcho, que enfrenta desafios consecutivos devido a desastres climáticos.
Leite destacou a necessidade de ajustes no programa de manutenção de empregos, que, embora tenha previsto um montante de R$ 1,2 bilhão, até agora só conseguiu disponibilizar cerca de R$ 170 milhões.
“As regras do programa estão muito engessadas, o que dificulta o acesso das empresas a esses recursos, mesmo que a necessidade seja evidente”, explicou o governador.
Outro ponto crítico levantado por Leite foi a dificuldade das empresas em acessar linhas de crédito. Ele pediu ao presidente que as operações de crédito sejam facilitadas, especialmente para empresas que estão com balanço financeiro negativo e, por isso, enfrentam barreiras para obter financiamento em um cenário de risco elevado.
Além disso, o governador pediu especial atenção ao setor agropecuário, lembrando que o Estado vem enfrentando uma sequência de adversidades, incluindo enchentes e estiagens severas, que têm prejudicado a produção agrícola e gerado dificuldades financeiras para os produtores rurais.
“Precisamos repactuar os programas de suporte aos produtores rurais gaúchos, considerando a série de safras frustradas que temos enfrentado”, afirmou Leite.
A reunião contou com a presença de ministros como Rui Costa e Paulo Pimenta, além de secretários e o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa. No encontro, também foi acordado que haverá uma nova reunião com representantes da Casa Civil para discutir as competências e a governança dos projetos de contenção de cheias no Estado, cujos recursos, na ordem de R$ 6,5 bilhões, foram anunciados pelo governo federal através do PAC Seleções.