FRUTICULTURA

Emater estima redução na safra do figo na Serra devido às chuvas de 2024

Apesar da leve queda, safra ocorre normalmente. Em Caxias do Sul, Nova Petrópolis e Gramado, frutos são considerados de boa qualidade

Colheita deve ser menor este ano devido ás chuvas de maio de 2024
Colheita deve ser menor este ano devido ás chuvas de maio de 2024 | Foto: Divulgação/Emater

A redução do volume de chuva no Rio Grande do Sul configura um cenário de estiagem, especialmente no Centro-Oeste do Estado, onde os danos nas lavouras são mais acentuados. Segundo o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar, nesta quinta-feira (23), as áreas mais afetadas são as semeadas no início de novembro. Elas apresentam floração abaixo do esperado, com queda de folhas e flores, resultando em perdas significativas de estruturas reprodutivas e potencial decréscimo na produtividade.

Com relação a frutíferas, por exemplo, na região da Serra Gaúcha, conforme o relatório, a expectativa para a safra 2024/2025 é de colheita um pouco menor em relação aos valores históricos, mas ainda sem um percentual apurado. A estimativa se deve aos danos em figueirais que foram alagados durante a enchente de abril e maio do ano passado. A área de cultivo se mantém estável e os produtores estão fazendo a renovação habitual dos pomares.

O ciclo da cultura segue sem antecipações nem atrasos nos fluxos de colheita. Conforme a Emater, em Caxias do Sul, Nova Petrópolis e Gramado, a safra iniciou nas primeiras áreas em meados de janeiro. A qualidade dos frutos colhidos é considerada como satisfatória.

O valor recebido pelos produtores pela fruta madura por parte das grandes indústrias é de aproximadamente R$ 3,50/kg. Já para consumo de mesa, o preço varia entre R$ 9,00 e R$ 15/kg. Alguns agricultores estão comercializando frutas a granel em pequenas quantidades, direto ao consumidor,. Neste caso, os valores estão entre R$ 6 e R$ 9/kg.

Lavouras

Ainda conforme o Informativo Conjuntural, em regiões mais críticas, em razão do longo período sem precipitações ou da presença de solos rasos e arenosos, observa-se mortalidade de plantas jovens por enraizamento inadequado, folhas comprometidas e desenvolvimento vegetativo abaixo do esperado. No entanto, a condição de estiagem não é uniforme no Estado.

Nas lavouras mais a Leste do território estadual, o estresse hídrico diminuiu de forma significativa, aproximando-se de condições climáticas normais. Especialmente nas regiões mais elevadas do Planalto e nos Campos de Cima da Serra, os volumes de chuva mais regulares têm contribuído para manter o potencial produtivo das lavouras mais próximo do projetado.