A Diocese de Caxias do Sul divulgou a programação para a abertura do Jubileu de 2025 anos do nascimento de Jesus Cristo. O anúncio ocorreu durante entrevista coletiva de imprensa concedida pelo bispo diocesano, Dom José Gislon, na Catedral de Santa Teresa D’Ávila. O encontro ainda teve a presença do vigário geral e coordenador de Pastoral, padre Leonardo Inácio Pereira; e do pároco da igreja, padre Volnei Vanassi.
Com o tema ‘Peregrinos da Esperança’, as atividades terão início em Roma, na Itália, no dia 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro. Neste Jubileu, o Papa Francisco também irá abrir uma Porta Santa em uma penitenciária de Roma.
Nas demais dioceses do mundo, a bula (documento oficial, selado e emitido pelo Papa, que tem força de lei eclesiástica) emitida por Francisco determinou que abertura seja no dia 29 de dezembro, na festa da Sagrada Família. A peregrinação é o que vai diferenciar este Jubileu dos realizados anteriormente. Antes da Missa de abertura, em todas as dioceses deve ser feita uma breve peregrinação de uma igreja até a Catedral Diocesana.
Caxias e região
Assim como determinado pelo Papa, na Diocese de Caxias, a abertura será no dia 29 de dezembro, às 18h, na Paróquia São Pelegrino, presidida por Dom José. Logo depois, em peregrinação, todos sobem até a Catedral, onde, na porta, é feita a saudação à cruz e a entrada solene de todo o povo na Igreja-Mãe da Diocese. O ato será seguido de uma missa.
Conforme instrução da bula, no presbitério da Catedral vai permanecer, ao longo de todo o Jubileu, uma cruz em destaque. Na Diocese de Caxias, o símbolo usado será uma cruz datada de 1892, trazida pelos padres palotinos que atendiam a Colônia Caxias e a Igreja Matriz de Santa Tereza.
“Juntos, no dia 29, somos convidados a darmos esse sinal tão bonito de Igreja Diocesana que, acolhendo esse convite do Papa Francisco também, faz a sua caminhada de ano jubilar. Justamente essa peregrinação da igreja São Peregrino às 18h até a Catedral Diocesana. Eu creio que é uma oportunidade que Deus oferece a cada um de nós, seu povo e nós precisamos saber também acolher essa presença de Deus, esse convite de celebrarmos porque os Jubileus acontecem a cada 25 anos. Então é um momento único na vida da Igreja”, salienta Dom José.
Peregrinação
Dom José Gislon determinou sete igrejas como locais de peregrinação para os fiéis. Elas estão localizadas nas sete regiões de Pastoral da Diocese, permitindo que o povo de Deus possa peregrinar. Ao longo do próximo ano, a proposta é que diversos grupos, como ministros, catequistas, zeladoras, dentre outros, possam celebrar o Jubileu dos Peregrinos da Esperança nas diversas regiões.
Confira os sete locais:
1 – Catedral Diocesana de Caxias do Sul
2 – Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha
3 – Santuário Diocesano de Santo Antônio, em Bento Gonçalves
4 – Igreja Matriz São João Batista e Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Nova Prata
5 – Igreja Matriz da Paróquia São João Batista, de Dalto Filho, município de Imigrante, região pastoral de Garibaldi
6 – Igreja Matriz da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, município de Antônio Prado, região pastoral de Flores da Cunha
7 – Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Paula, município e região pastoral de São Francisco de Paula
Saiba mais:
A palavra “jubileu” tem origem relacionada historicamente ao nome em hebraico “yobel”, o chifre de carneiro que era usado para marcar o início do ano particular que era convocado a cada 50 anos, como contado no livro do Levítico.
Sua proposta no Antigo Testamento era ser ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra.
Na história da Igreja Católica, o primeiro Jubileu foi convocado pelo Papa Bonifácio VIII, no ano 1300. Tradição que se estende até agora, os jubileus têm vários elementos que se relacionam. São eles:
- a bula de convocação, que neste Jubileu o Papa Francisco intitula “Spes non confundit”, ou seja, “a Esperança não decepciona”;
- a temporalidade (atualmente a cada 25 anos);
- a peregrinação a Roma e à Porta Santa;
- os exercícios de piedade e a frequência aos sacramentos;
- as indulgências plenárias para quem cumpre atos específicos, como peregrinações e obras de caridade.