Após a confirmação do Governo do Rio Grande do Sul em apoio do projeto prevendo o aumento da alíquota de ICMS dos atuais 17% para 19,5%, com validade a partir de 2024, entidades empresariais se pronunciaram contra a decisão. A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul também se posicionou. Por meio de nota, a entidade relata entender a necessidade de equilíbrio das contas do estado, mas que discorda veemente pela decisão adotada pelo governo.
Ainda durante esta quarta-feira (22), durante a manhã, a FEDERASUL, em resposta à proposta de aumento do ICMS no Rio Grande do Sul, inicia uma série de ações para expressar sua contrariedade e mobilizar lideranças empresariais. O primeiro passo aconteceu com uma reunião na sede da entidade, envolvendo presidentes das Associações Comerciais filiadas. Leia mais clicando aqui.
Leia a nota na íntegra:
“A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), em conjunto com os
Sindicatos Patronais Associados, vem a público manifestar seu repúdio à proposta do governo do
Estado do Rio Grande do Sul de aumentar a alíquota do ICMS de 17% para 19,5%. Tal medida, se
aprovada pela Assembleia Legislativa, trará impactos severos para a economia, para os cidadãos
gaúchos e comprometerá a competitividade das empresas.Entendemos a necessidade de equilibrar as contas públicas, mas discordamos veementemente da
abordagem escolhida pelo governo estadual. Aumentar a carga tributária, especialmente num cenário
econômico já desafiador, não apenas onera a população, mas também coloca em risco a sobrevivência
de muitas empresas gaúchas.Acreditamos que o caminho para a solução dos problemas fiscais não deve recair sobre os ombros já
sobrecarregados dos contribuintes. O governo do Estado do Rio Grande do Sul deveria priorizar
medidas que promovam a eficiência do setor público, tais como a redução do tamanho do Estado, o
corte de despesas e o ajuste necessário da máquina pública. Ao invés de recorrer ao aumento da já
excessiva carga tributária, sugerimos que sejam adotadas práticas que visem à eficácia na gestão dos
recursos públicos. Sugerimos ainda a tributação das compras oriundas do exterior, no valor de até
US$ 50, que representam uma fonte expressiva de movimentação econômica em todos os recantos do
estado, somada à venda de bens e imóveis pertencentes ao governo do Estado como forma de reforçar
o Caixa.Além disso, a elevação da alíquota do ICMS prejudicará a competitividade das empresas gaúchas no
mercado nacional, tornando-as menos atrativas para investidores e comprometendo a geração de
empregos. Num momento em que a retomada econômica é essencial, é imperativo que o Estado atue
como um facilitador para o desenvolvimento das empresas, em vez de impor obstáculos à sua
prosperidade.Ressaltamos nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável do Estado e reiteramos a
importância de um diálogo aberto e construtivo entre a iniciativa privada e o governo. Esperamos que
nossas preocupações sejam levadas em consideração, e exortamos o governo do Estado do Rio Grande
do Sul a reconsiderar essa proposta, buscando alternativas que não penalizem ainda mais a sociedade
gaúcha”.
A nota leva assinatura do presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, além dos seguintes representantes das entidades associadas:
Bruna Andrade Volpato
Presidente Sinpré
Eduardo Colombo
Presidente CDL Caxias
Enio Garcia
Presidente Singraf
Leonardo De Zorzi
Presidente Sindimadeira
Marcos Ferronato
Presidente SEGH Região Uva e Vinho
Maria Inês Menegotto
Presidente Sinduscon
Octavino Pivotto
Presidente Sivecarga
Orlando Marin
Presidente Simplás
Osmar Junior Tomielo
Presidente Sescon Serra Gaúcha
Paulo Cesar Santos
Presidente Sinditranspf
Pedro Elói Steffens
Presidente Microempa
Rogério Bridi
Presidente Fitemavest
Rossano Fernando Boff
Presidente Sindilojas
Simone Zortea
Presidente Sindercol
Ubiratã Rezler
Presidente Simecs
Valmir Susin
Presidente Sindirural
Vanderlei Antônio Scotti
Presidente Sirecom
Vilson Luiz Pioner
Presidente Sindipetro
Volnei Basso
Presidente Sindigêneros
Zeca Venturini
Presidente em exercício do Sindivinho