POLÍCIA

Trio é apreendido após esfaquear professora em Caxias do Sul; município suspende aulas

As aulas da rede municipal de ensino de Caxias do Sul foram suspensas nesta quarta-feira (02) devido ao caso

Brigada Militar apreende, neste momento, o trio responsável por crime em escola de Caxias do Sul. Foto: Yago De Boni/RSCOM
Brigada Militar apreende, neste momento, o trio responsável por crime em escola de Caxias do Sul. Foto: Yago De Boni/RSCOM

O trio envolvido em uma ocorrência de lesão corporal contra uma professora em Caxias do Sul foi apreendido pela Brigada Militar, na tarde desta terça-feira (1°), poucas horas após o ocorrido.

O caso aconteceu na tarde da última terça (1º), quando três adolescentes, sendo dois meninos de 15 e 14 anos e uma menina de 13 anos, teriam quebrado câmeras de vigilância e, em seguida, agredido uma professora com golpes de faca. A profissional foi rapidamente socorrida, encaminhada para atendimento médico e não corre risco de morte.

As aulas da rede municipal de ensino de Caxias do Sul foram suspensas nesta quarta-feira (02) devido ao caso. Em entrevista à imprensa, a secretária de Educação, Marta Fattori, explica que é importante fazer essa pausa nas atividades de forma permitir que se repensem as ações e se peça apoio à sociedade, porque é preciso preparar as escolas para que todos se sintam seguros.

Ela ainda revela que, na quinta-feira (03), quando retornam às aulas, todos os profissionais, incluindo psicólogos da rede, devem estar fazendo o atendimento aos alunos nas respectivas salas de aulas, considerando o evento traumático que envolveu a todos.

Conforme relata a secretária depois de conversar com o diretor da Escola, foi revelado que o fato surpreendeu a todos, já que, apesar de algumas ocorrências menos relevantes, não havia grandes problemas de comportamento dos estudantes envolvidos no caso.

Ela pontua, no entanto, que situações de violência tendem a ser reproduzidas com mais facilidade por quem possa vir a ser exposto a elas.

“As famílias, às vezes, desestruturadas. Adolescentes, esses que desde criança vivenciam situações muito críticas, de violência. Que às vezes tem alunos que a gente vai dar um abraço e ele não quer que a gente abrace ele, porque o carinho, o amor, não foi durante a vida dele e isso não foi normal na vida dele. Nós temos que pensar melhor nas famílias. De como nós vamos conduzir isso na sociedade, e não julgar, mas prestar apoio a esses pais”, reflete.

A diretora reforçou a necessidade da sociedade como um todo prestar apoio a professora atacada, mas também à escola e às famílias dos envolvidos.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (SMED) fala que acompanha o caso e presta auxílio neste momento. A Polícia Civil vai investigar o caso.