MOBILIZAÇÃO

Servidores públicos fazem paralisação por recomposição salarial e melhores condições de trabalho em Caxias do Sul

Ato organizado pelo Sindiserv cobra avanços em pautas históricas, como equiparação salarial, reajuste do auxílio-alimentação e fornecimento de EPIs

Foto: Marcelo Oliveira/Grupo RSCOM
Foto: Marcelo Oliveira/Grupo RSCOM

Servidores públicos municipais realizam, nesta sexta-feira (16), uma paralisação em frente à Prefeitura de Caxias do Sul. O ato, organizado pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), tem como objetivo cobrar a recomposição salarial, além de melhores condições de trabalho e avanços em pautas históricas da categoria.

A presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, explicou que um dos principais motivos da mobilização é a defasagem salarial, gerada, entre outros fatores, pela reforma da Previdência, que elevou a contribuição dos servidores de 11% para 14%. Além disso, outro ponto destacado é o envio à Câmara de Vereadores do projeto de lei 409/2012, que propõe a recomposição salarial em quatro anos.

Hoje temos trabalhadores com a mesma função recebendo salários diferentes. Isso é inadmissível e afeta diretamente a qualidade do serviço público — afirmou Silvana.

Além da equiparação salarial, os servidores também reivindicam melhorias nas condições de trabalho. Entre as demandas, estão, por exemplo, a ampliação da jornada em áreas essenciais, como saúde e assistência social. Além disso, eles pedem o fornecimento adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e, ainda, o reajuste no valor do auxílio-alimentação.

Durante a manhã, representantes da categoria participaram de uma reunião com a Comissão de Negociação do Executivo. Em seguida, uma nova rodada está prevista para a parte da tarde. A expectativa é de que, até as 16h, quando ocorre a assembleia da categoria, o governo municipal apresente uma contraproposta considerada viável.

Confira algumas medidas propostas pela categoria para viabilizar os recursos:

– Corte de 50% dos cargos de confiança.
– Revisão e corte de contratos considerados excessivos.
– Auditoria nas grandes secretarias.
– Ocupação imediata da Maesa para reduzir custos com aluguéis.
– Redução de Cargos em Comissão de Apoio Jurídico (CAJs).

Apesar do impasse, algumas pautas já avançaram. Entre elas, a revisão do plano de saúde para agentes comunitários e mudanças no decreto do estágio probatório, que agora inclui servidores com deficiência. Também foi apresentada uma proposta de aumento no auxílio-alimentação.

A manifestação tem forte adesão da categoria. Além disso, faixas, carros de som e piqueniques no Largo da Prefeitura reforçam o clima de mobilização e a luta pela valorização do serviço público.