
A chegada da primeira universidade federal à Serra Gaúcha segue em ritmo acelerado e com recursos blindados. A reitora da UFRGS, Marcia Barbosa, reafirmou na sexta-feira (26) que a implantação do campus de Caxias do Sul não será afetada pela redução de R$ 14 milhões no orçamento geral da instituição para 2026.
Segundo ela, os R$ 60 milhões destinados à unidade serrana provêm do PAC Universidades, uma fonte de recursos distinta e garantida pelo governo federal.
O primeiro grande marco de 2026 será a aquisição oficial da sede. A expectativa é que, na primeira semana de janeiro, a Caixa Econômica Federal libere os valores para a compra do Edifício Sofia (antiga unidade da FSG), localizado no bairro São Pelegrino, no cruzamento das ruas Os Dezoito do Forte e Moreira César.
“Tem que ser na primeira semana de janeiro. Estou ligando todo dia para cobrar a liberação. Não tem folga, é trabalhar para que o pagamento da sede saia o quanto antes”, reforçou a reitora.
O cronograma para quem deseja ingressar na UFRGS em Caxias do Sul já tem datas previstas para primeira quinzena de março com o lançamento do edital e processo seletivo. Na segunda quinzena de abril devem ocorrer o início das aulas.
Neste primeiro momento, serão ofertados os cursos de Ciência de Dados e Psicologia. O método de ingresso ainda está em definição, mas a tendência é que seja utilizada a nota do Enem, com um modelo que busque privilegiar moradores da Serra Gaúcha.
Estrutura e Expansão
A unidade de Caxias do Sul já conta com diretoria definida — a doutora em Direito Kelly Lissandra Bruch — e começará o chamamento de técnicos administrativos em janeiro. O plano de expansão para os próximos cinco anos é ambicioso:
- 2,8 mil estudantes matriculados.
- 230 professores e 140 técnicos administrativos.
- Festa da Uva: A reitora planeja trazer o ministro da Educação, Camilo Santana, a Caxias em fevereiro para apresentar o projeto e buscar ainda mais investimentos para a região.
Orçamento Geral
Enquanto os recursos da Serra estão assegurados pelo PAC, a reitora segue em articulação com o Ministério da Educação (MEC) para reverter o corte de R$ 14 milhões que atingiu os campi de Porto Alegre e do Litoral Norte. A expectativa é que o governo federal recomponha esses valores nas próximas semanas.