PATRIMÔNIO

Projeto para custear vinda de locomotiva a vapor para Caxias do Sul é aprovado

Agora o Projeto segue para sanção do prefeito Adiló Didomenico

28/03/2025 19:00

Agora, a matéria seguirá para a sanção do prefeito Adiló Didomenico. Foto: Vitor Ló/Câmara Caxias/Divulgação.

Foi aprovado o Projeto que autoriza o Município a custear a vinda de uma locomotiva a vapor para Caxias do Sul. A aprovação se deu por 12 votos a 05 pelo Legislativo caxiense em sessão ordinária nesta quinta-feira (27). Agora, a matéria seguirá para a sanção do prefeito Adiló Didomenico.

O projeto de lei (PL) 38/2025, do Executivo, detalha a operação, que estipula possíveis danos a serem ocasionados nas dependências da ULBRA/Canoas, onde estão o veículo e o vagão, que serão posicionados nos trilhos do Largo da Estação Férrea, no Bairro São Pelegrino.

O objetivo com a vinda da máquina é impulsionar o turismo local por meio de um resgate histórico da passagem do trem sob os trilhos, já que, em atividade, é possível promover a valorização do patrimônio ferroviário.

“A vinda da locomotiva pode ser significativa para a comemoração dos 150 anos da Colonização Italiana no Brasil, visto que a chegada do trem em Caxias do Sul, em 1910, foi um marco importante para a economia e para o desenvolvimento do município”, descreve o Projeto.

Na discussão durante a sessão, o vereador Elói Frizzo (PSB) informou que, conforme trouxe a Prefeitura, ainda que a previsão seja de até R$ 509 mil para custear eventuais danos na ULBRA/Canoas, a expectativa é que o gasto seja menor, algo como, no máximo, a metade.

“É uma iniciativa que dialoga com o turismo. Os reparos partirão de projetos de leis de incentivo, e não do cofre do município”, garante Frizzo.

A vereadora Sandra Bonetto (NOVO), no entanto, pediu mais transparência. Segundo ela, ao não informar valores na redação do PL 38/2025, ficou margem para o Executivo arbitrar a quantia a ser dispendida.

“Não adianta só trazer o trem. A Estação Férrea também precisa de um museu, de uma biblioteca. Falta clareza sobre o aproveitamento do veículo, sendo que só o restauro dele poderá custar em torno de R$ 3 milhões”, analisou a parlamentar.

Na mesma linha da colega, a vereadora Estela Balardin (PT) ponderou que já houve a retirada de R$ 800 mil do Fiesporte, programa de financiamento ao esporte local.

“Não há discriminação dos valores de restauração, do translado, entre outros. Além disso, não existe comprovação de que o referido trem teria operado em Caxias”, observou.

O líder do governo municipal na Casa, vereador Daniel Santos (REPUBLICANOS), contou ter participado da vistoria ao trem.

“Existe estudo a partir de um jornal de 1924 que, de cinco trens daquela época, um teria feito o trajeto entre Caxias e Montenegro. Pela cotação atual, o veículo está avaliado em R$ 44 milhões”, disse.