O servidor foi alvo de uma investigação rigorosa conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS). (Foto: Divulgação)
O servidor foi alvo de uma investigação rigorosa conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS). (Foto: Divulgação)

Em decisão proferida na sexta-feira (19), a Justiça condenou um policial penal que atuava no Presídio Regional de Caxias do Sul a uma pena de 12 anos e nove meses de reclusão, em regime inicialmente fechado. Além da prisão, a sentença determinou a perda imediata do cargo público.

O servidor foi alvo de uma investigação rigorosa conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS), em conjunto com a Corregedoria da Polícia Penal.

O esquema começou a ruir em 21 de agosto deste ano, quando o policial foi preso em flagrante. Logo em seguida, no dia 28 de agosto, foi deflagrada a Operação Rescaldo, que revelou a extensão das atividades ilícitas do servidor.

Durante as buscas nos armários utilizados pelo investigado na unidade prisional, foram apreendidos dois tijolos de cocaína e dois de maconha (totalizando quase 2 kg), R$ 18 mil em moeda corrente, além de celulares e anotações de controle.

As provas apresentadas pelo promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes demonstraram que o policial se aproveitava do livre acesso às dependências do presídio para introduzir drogas e celulares, beneficiando diretamente detentos e facções criminosas.

A Justiça ressaltou que a conduta do réu não apenas violou seus deveres funcionais, mas também desestabilizou a segurança interna da casa prisional e afrontou a Administração Pública.

Além da prisão e perda do cargo, foi aplicada uma multa pecuniária. Os R$ 18 mil apreendidos tiveram perdimento decretado e serão revertidos ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad).