O Sindiserv recebeu, na última quarta-feira (12), uma comissão formada por médicos do município para tratar de demandas da categoria. Durante o encontro, os profissionais demonstraram descontentamento com a administração do prefeito Adiló Didomênico e seu vice, Édson Néspolo, em Caxias do Sul, em relação às condições de trabalho e salariais.
Participaram da reunião, médicos que atuam em serviços de especialidades e que atendem em das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Entre as demandas apontadas, estão as condições precárias dos consultórios, falta de climatização, falta de escuta à categoria e, principalmente, a falta de equiparação salarial.
Segundo a presidente do Sindicato, Silvana Piroli, os médicos relataram que profissionais mais antigos trabalham muito mais horas ou mesmo a mesma carga horária, no entanto, ganham o mesmo salário. E, neste caso, o completivo da parcela autônoma não substitui a valorização salarial, já que o benefício não pode ter seu valor incluído na aposentadoria, o que torna a remuneração desestimulante.
Neste sentido, a diferenciação salarial é o que mais impacta a categoria e, consequentemente, preocupa o Sindiserv, que compreende que a mobilização pode resultar numa redução de carga horária por parte desses profissionais descontentes, ampliando a defasagem médica nos serviços de saúde de Caxias.
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Silvana diz ainda que, o encaminhamento do projeto e aprovação de uma nova lei municipal que acabe com as distorções salariais criadas pela Lei 409 resolverá essa questão.
“É preciso valorizar o funcionário público para valorizar o serviço. Após a organização do pagamento dos salários dos profissionais da saúde, será possível ampliar as jornadas de trabalho, o que também ampliará o atendimento ao público”, avalia.
Assim, solicitou uma audiência com o prefeito para buscar uma solução que contemple os profissionais. A assessoria de comunicação da Prefeitura relata ainda não ter recebido o pedido de agendamento.
