Com previsão de inauguração para o primeiro semestre deste ano, a Marcopolo lança projeto da Biblioteca Parque em Caxias do Sul em meio a realização da nova etapa do programa “O Futuro Que Queremos“. A iniciativa ocorre entre 31 de março e 02 de abril, com atividades que visam o planejamento do futuro de Caxias, por meio da mobilização dos diversos setores da sociedade para este objetivo.
As ações desta nova fase do programa começam na segunda-feira (31), às 17h30, na Biblioteca Parque – Fundação Marcopolo, com uma Primeira Etapa, que prevê a realização palestra “Cidade Educadora”, onde retorna à cidade o cientista político Jean-Edouard Tromme e o pesquisador social e gestor de políticas urbanas e sociais Santiago Uribe Rocha.
Eles são referências mundiais em resiliência urbana e inovação social, que lideraram a transformação de Medellín, na Colômbia, de um local sitiado pelo tráfico a uma cidade educadora.
No dia 01 de abril, o programa prevê a sequência dos trabalhos com a Segunda Etapa, que vai reunir representantes de governos, da educação, empresários e empreendedores, além de jovens caxienses para pensar na “imaginação do futuro”.
Já no dia 02 de abril, a Terceira Etapa, de diagnósticos, vai focar a discussão dos próximos passos, resultados e compromissos necessários para avançar, além da definição de pactos e ações imediatas, garantindo a implementação eficaz das iniciativas planejadas.
Parte destas atividades já será realizada na Biblioteca Parque – Fundação Marcopolo, um complexo que prevê a realização de diversas atividades culturais, esportivas, educacionais e serviços para a cidade, com previsão de inauguração para o primeiro semestre deste ano.
Durante as atividades desta nova fase do programa O Futuro Que Queremos também será planejado a criação de uma Agência de Futuros, que busca justamente pensar em novos caminhos para que Caxias se torne uma cidade educadora, de inclusão e geradora de oportunidades para a juventude.
A ideia é saudada por Jean-Edouard Tromme, que destaca o impacto de ações conjuntas em prol da educação enquanto transformação.
“Sob a premissa de construir uma Agência de Futuros que conduza e promova o desenvolvimento de Caxias, o diálogo se desenvolve através de reuniões setoriais que permitem identificar oportunidades, desafios e sinergias entre os principais setores. Funcionários públicos refletem sobre o papel do Estado no planejamento estratégico, empresários e empreendedores analisam as condições para seu compromisso, enquanto que jovens e educadores exploram os efeitos da educação e da cultura na transformação territorial”, pontua.
Ele ainda reforça os bons exemplos que devem ser reproduzidos.
“Num esforço para projetar o desenvolvimento em médio e longo prazo, sob a liderança da Fundação Marcopolo, se quer avançar num processo de diálogo social que busca aliar as expectativas e necessidades de diferentes setores entorno de uma visão compartilhada de futuro. Inspirados nas experiências de êxito de Medellín e da Agenda 2040, da Antioquia, esse processo se estrutura sobre quatro pilares fundamentais: o setor público, o setor privado, a juventude e o âmbito educativo”, conclui.
Para o gestor da Fundação Marcopolo, Luciano Balen, a realização destas novas atividades do programa O Futuro Que Queremos, além da criação de uma Agência de Futuros, se inserem na perspectiva de salvaguardar a qualidade de vida de Caxias e de suas futuras gerações.
“Queremos ‘pegar a visão’ da juventude de Caxias e ajudá-los a construir esse futuro desejado, ampliando o repertório de possibilidades de futuros não só para os jovens, mas para todos aqueles que escolheram Caxias como cidade para realização de seus sonhos”, comenta.
Na perspectiva de Santiago Uribe Rocha os debates e propostas do programa O Futuro Que Queremos se inserem no âmbito dos desafios planetários contemporâneos.
“Hoje o mundo enfrenta um dos maiores desafios, a segregação, a divisão setorial e partidária, que têm gerado uma polarização sem precedentes. Trabalhar e planejar internacionalmente com a participação de todas as hélices da inovação, denominadas forças sociais, governo, os empresários, a academia, as organizações da sociedade civil e especialmente os jovens, é um imperativo para enfrentar os grandes desafios da modernidade, tais como a pobreza e as emergências climáticas. Somente assim, trabalhando juntos e em sincronicidade, teremos a chance de garantir a vida no nosso planeta. Então, qual é o futuro que queremos?”, questiona.
Depois destas atividades em Caxias, o programa O Futuro Que Queremos prevê a realização de mais quatro simpósios durante o ano em Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Lajeado e novamente em Caxias do Sul, num novo e grande evento para pensar nas inovações que Caxias quer e planeja. E ainda neste ano, em junho, a Fundação Marcopolo organiza uma nova missão para Medellín.
O programa O Futuro Que Queremos tem o apoio da Marcopolo Next e da UniMarcopolo na criação e estruturação da iniciativa cujo objetivo é desenvolver programas replicáveis de futuros desejados de forma coletiva, em colaboração com jovens, empresas, instituições de ensino e governo.
O foco no último semestre foi trabalhar na estratégia, planejamento e estruturação da jornada para a criação da Agência de Futuros, que visa transformar mapas de futuros desejáveis em ações concretas, para criar uma cidade inovadora, resiliente e cidadã.