A proposta para a instalação do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em Caxias do Sul, já está em processo de elaboração. A reitora da instituição, Márcia Barbosa, fez a confirmação à vereadora Rose Frigeri/PT, que preside a Frente Parlamentar dedicada ao tema na Câmara Municipal de Caxias do Sul. A manifestação ocorreu durante seminário sobre a chegada da UFRGS na Serra Gaúcha.
De acordo com a reitora, o estudo de viabilidade tem sido conduzido junto às comunidades, pelos interesses e pelas vocações regionais, tanto a partir dos jovens quanto do empresariado. Márcia informou que, depois de concluído o projeto de instalação do campus em Caxias, ele será submetido à avaliação do Conselho Universitário da instituição.
A presidente da frente considerou que, participando da reunião de hoje, a reitora deixou claro o comprometimento da universidade com o município e a região.
“A mobilização se mostra representativa ao desenvolver um trabalho importante para a cidade”, salientou a vereadora Rose.
Articuladora da UFRGS em Caxias, a deputada federal Denise Pessôa/PT, reiterou a necessidade de um Ensino Superior de qualidade.
“Temos que trabalhar com as instituições, de maneira colaborativa, ampliando a mobilização dos jovens. A UFRGS abrirá portas para um futuro ainda melhor para a nossa região, por meio da pesquisa e da extensão”, destacou. Na mesma linha, se manifestou David Carnezella, presidente do 1º núcleo do CPERS Sindicato.
O diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Guilherme Peglow, fez um alerta para que o futuro campus público não se torne um espaço elitizado para estudantes em condições de custearem cursos pré-vestibulares. Atentou que, desde 2005, a grade do Ensino Médio de escolas públicas não tem sido suficiente para preparar os alunos egressos para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou para seleções de ingresso universitário.
Em seguida, Jaqueline Marques Bernardi, que é titular regional adjunta da 4ª Coordenadoria Regional de Ensino (CRE), lamentou o fato de, entre os 4.789 concluintes do 3º ano na área abrangida pelo órgão, 10% deles não terem a perspectiva de cursarem uma universidade.