Em edição festejada pela volta do setor infantojuvenil, Feira do Livro abre programação em Caxias do Sul

Desde o final da tarde desta sexta-feira (27), a Praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul, é casa da leitura e da arte inspirada pela escrita. A 40ª edição da Feira do Livro de Caxias do Sul foi aberta em solenidade com convidados e público após discursos emocionados e o tradicional toque da sineta, que coube à patrona Helô Bacichette.
A escritora, aliás, fez um discurso cheio de memórias na abertura em sintonia com o slogan desta edição, Colecionando Histórias e Memórias.

“É urgente recuperarmos a coragem e reinventarmos a realidade com todas as estratégias de sobrevivência e criatividade. Precisamos recuperar nossa força inventiva que só a palavra literária é capaz de expressar.”

Ao convocar o público a apostar na leitura e na literatura como perspectiva de novos tempos, Helô relembrou sua trajetória como leitora, servidora pública, professora e diretora de escola, que a tornaram uma escritora de 30 títulos infantojuvenis – o mais recente, “O Segredo da Escaramuça” (Liddo Editora) terá sessão de autógrafos domingo (29), às 17h, no Espaço 01 da feira.
A patrona também fez questão de falar sobre a importância da formação de novos leitores em seu discurso.

“Não podemos esquecer que os pequenos leitores de hoje poderão ser adultos leitores amanhã”, destacou Helô numa edição festejada pela volta do setor infantojuvenil, que tem sete bancas para este público.

Antes da Patrona, a presidente da Associação dos Livreiros Caxienses, Maria Helena Lacava, falou do quanto a Feira faz parte de sua trajetória como livreira uma vez que já participou de 39 das 40 edições, destacando a importância dos livros:

“Quem também contribui infinitamente para ser quem somos são os livros. A leitura nos faz ver o mundo melhor.”

Em seu discurso, o diretor do Livro, Literatura e Leitura e coordenador-geral da Feira, Cássio Felipe Immig, destacou o trabalho em equipe para a construção desta que já é uma edição histórica do evento. Relembrando a história de quatro décadas da festa literária em Caxias, ele apontou a peculiaridade de que a coordenação da feira esteve na maioria das vezes em mãos femininas:

“Isso explica muita coisa”, falou, entre aplausos.

O Amigo do Livro Roger Castro declamou um poema de Mario Quintana e, antes disso, falou de como sua condição de contador de histórias é fundamental em sua trajetória:
“Não fosse a história lida e relida, contada e recontada, eu não estaria aqui.”
A Secretária da Cultura Magali Quadros destacou a importância da Feira na história e na cena cultural de Caxias do Sul nos últimos quarenta anos:

• Ao longo destas quatro décadas, a Feira não apenas sobreviveu, mas também prosperou, integrando-se de forma indissociável à identidade cultural da nossa cidade. A sua trajetória ininterrupta é uma demonstração do compromisso de Caxias do Sul com a literatura, a educação e a cultura. Estamos aqui para reafirmar a importância deste evento, que transforma Caxias em um grande palco de ideias, criações e histórias, disse Magali.