Gabriel Simioni Ritter, diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam-RS) foi o palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) desta segunda-feira (25). O papel da Fepam na reconstrução do Rio Grande do Sul foi um dos temas abordados por ele, que defendeu uma reestruturação resiliente do estado.
O diretor citou o trabalho realizado pela Fepam frente à tragédia climática de maio vivenciada pelo RS. Relatou que um gabinete de crise foi instalado e frentes de trabalho foram organizadas. Nesse sentido, ele lembrou que o estado enfrentou catástrofes distintas como alagamentos e deslizamentos. Também citou diversas normas e portarias que foram emitidas desde o período, visando a reconstrução.
Questionado sobre qual está sendo o maior desafio enfrentado pela Fundação no processo de reconstrução, Ritter afirmou que tem sido dar condições para todos os projetos que estão entrando. Ele avalia que a Fepam tem se empenhado, inclusive com outros setores, para conseguir dar um bom resultado. Como exemplo, ele lembrou de um empreendimento, que saiu de uma área de risco, no prazo de 21 dias, com uma Licença Única, com todas as atividades aglutinadas e toda segurança ambiental necessária.
“Temos que preparar o estado para que essa reconstrução que está sendo feita seja resiliente. O que é ser resiliente? É aguentar outras catástrofes que venham a acontecer da melhor forma, com menor impacto possível, seja na infraestrutura ou nas atividades cotidianas. O papel da Fepam é aderir ao Plano de Desenvolvimento Econômico do Estado, de forma a dar celeridade no processo de licenciamento e toda segurança técnica para que essas atividades sejam feitas da melhor forma possível”, pontuou.
Além disso, o diretor abordou as áreas de atuação e a estrutura da Fundação que conta com 360 servidores. Ao citar as atividades realizadas, o diretor informou que neste ano já foram emitidas 7,3 mil licenças, incluindo outros documentos autorizatórios. Ritter também lembrou a realização de outros trabalhos, como o monitoramento dos agrotóxicos, balneabilidade e estudo da qualidade do ar.
Por fim, o diretor reiterou o compromisso da Fepam com o desenvolvimento sustentável do estado. A meta, segundo ele, é reduzir os passivos de processos em tramitação, atualmente em 3,6 mil, para cerca de 2 mil até o final de 2025, além de diminuir o tempo médio de análise para 90 dias.