Caxias do Sul

Conheça o líder de facção criminosa de Caxias do Sul preso em Copacabana

Osoni da Conceição, vulgo Dudu, utilizava nome falso e vivia em um apartamento no bairro de Copacabana

Conheça o líder de facção criminosa de Caxias do Sul preso em Copacabana
Conheça o líder de facção criminosa de Caxias do Sul preso em Copacabana

O foragido Osoni da Conceição, 42 anos, apontado como líder de uma facção atuante na Serra gaúcha, foi preso na zona Sul do Rio de Janeiro. A prisão dele nesta terça-feira, dia 9, foi fruto de uma ofensiva conjunta entre a Delegacia de Homicídios de Caxias do Sul, Polícia Federal e 4º Batalhão de Choque da Brigada Militar.

Segundo as forças policiais, Osoni da Conceição, vulgo Dudu, utilizava nome falso e vivia em um apartamento no bairro de Copacabana, onde foi capturado. Procurado há mais de três anos, ele é apontado como um dos líderes de uma facção criada no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, mas que também criou ramificações na Serra.

Líder da facção criminosa foi preso em 2009 após cometer três homicídios

Considerado de alta periculosidade, o traficante foi condenado, em 2009, a 30 anos de reclusão por três homicídios duplamente qualificados e uma tentativa de homicídio duplamente qualificada. Os crimes aconteceram na madrugada de 20 de maio de 2007, em frente a uma casa noturna, situada na localidade de Ana Rech, em Caxias do Sul.

Na data, segundo o Ministério Público, ele utilizou uma pistola calibre 7.65mm para matar três homens. As mortes teriam ocorrido após uma das vítimas supostamente ter se insinuado para a companheira dele.

Em 16 de novembro de 2012, ele foi um dos seis detentos que fugiu da Penitenciaria Industrial de Caxias do Sul (Pics). O grupo fugiu pelo telhado da casa prisional. Quatro fugitivos foram recapturados no mesmo dia da fuga, incluindo Osoni, que foi atingido por uma bala de borracha e desmaiou.

Osoni também foi um dos alvos de uma ação especial da Polícia Penal, Brigada Militar e Polícia Civil na galeria C da Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, o Apanhador, em outubro de 2019. Na ocasião, foram localizadas drogas, armas artesanais, celulares, facas e um alambique artesanal, para produção de cachaça. Por conta disso, ele acabou sendo transferido para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

O criminoso ainda responde por outros cinco processos. Ele é acusado de cometer mais dois homicídios, três tentativas de homicídio qualificado, posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (duas vezes), tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa e favorecimento real.

Apesar do histórico criminal, em janeiro de 2020, o condenado foi beneficiado pela progressão de regime para cumprimento do restante de sua pena em regime semiaberto, com o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, ele rompeu o dispositivo pouco tempo após receber o benefício e fugiu, permanecendo foragido desde então.

Após ter sido preso, o criminoso foi conduzido ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro, onde permanecerá à disposição da justiça. A relação dele com traficantes cariocas não é descartada pelos policiais.

Confira a posição da defesa do preso

A Defesa de Osoni da Conceição, representado pela Banca de Advocacia Fernando Alves Advogados Associados, ao tomar conhecimento de sua prisão ocorrida na data de ontem, no Município do Rio de Janeiro, buscou informação acerca dos fatos.

Tivemos acesso aos documentos elaborados quando da prisão do cliente sendo que este possuía apenas dois mandados expedidos pela Justiça Estadual de Capão da Canoa e Caxias do Sul, frutos de tentativa de homicídio no qual Osoni é vítima, tendo nos causado surpresa a prisão ter sido realizada por policiais federais, o que comprova existir investigação por referido órgão federal em desfavor do cliente.

Assim, como não tivemos acesso a tais investigações não podemos nos reportar a esse assunto no momento, sendo a única medida urgente a ser adotada alusiva tão somente a transferência do cliente para Comarca aonde cumpria pena anteriormente a sua fuga, tudo em conformidade com a legislação pátria.

*Com informações da Polícia Federal, Correio do Povo e Delegacia de Repressão a Drogas da PF/RJ