Caxias do Sul

Caxias do Sul confirma caso de febre amarela em um bugio

Animal foi encontrado morto em Parada Cristal, em área periurbana. Não há outros casos em investigação

Caxias do Sul confirma caso de febre amarela em um bugio

Um caso de febre amarela em um bugio foi confirmado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Caxias do Sul nesta segunda-feira (28). O animal foi encontrado morto em Parada Cristal, considerado área periurbana (transição entre áreas rurais e urbanas). É a primeira situação suspeita e confirmada em 2023 e que serve de alerta para a circulação da doença. Até o momento não há outros casos em investigação.

O veterinário Rogério Poletto, diretor técnico da Vigilância Ambiental em Saúde, explica que, na área rural, a febre amarela é transmitida pelo mosquito Haemagogus, que vive em ocos de árvores, buracos de pedras, bromélias, ou seja, em locais de difícil controle. Já nas áreas urbanas, quem transmite a febre amarela é o Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue. Neste caso, a principal forma de prevenção é eliminar pontos com água parada para frear a reprodução do mosquito, pois é nesses locais que o Aedes deposita seus ovos.

Há vacina contra a febre amarela. Pessoas que já fizeram essa vacina não precisam mais aplicá-la, já que a imunidade é permanente. Para os que ainda não fizeram, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) aplicam às quartas-feiras (devido à curta validade do imunizante, os frascos são abertos apenas um dia por semana). A vacina faz parte do calendário de rotina para crianças, adolescentes e adultos até 59 anos não vacinados. A orientação da SMS é para que toda a população esteja vacinada, em especial quem vive em áreas rurais.

“O bugio com febre amarela confirmada é um sinalizador de que a febre amarela está circulando. Por isso é tão importante que a população não vacinada se vacine, seja a população fixa ou volante, que são aquelas pessoas que fazem turismo ou trabalham apenas durante o período de safra”, explica Poletto.

O último caso de febre amarela em humanos em Caxias do Sul ocorreu em 2018, quando um morador contraiu a doença em outro Estado.

Casos de macacos encontrados mortos podem ser informados diretamente para a Vigilância Ambiental em Saúde pelo telefone 3202-1438, das 8h às 17h. A Secretaria da Saúde também orienta que a população não sacrifique nem maltrate bugios, uma vez que eles não são transmissores da febre amarela para humanos, já que a transmissão se dá pela picada de mosquitos.