REPERCUSSÃO

Preso pela Lei Maria da Penha, assessor de vereador é exonerado da Câmara de Caxias do Sul

Emerson Zanardi foi desligado do CC só 16 dias depois da prisão dele, em Vila Cristina. Ele assessorava o vereador Wagner Petrini (PSB)

Assessor de vereador de Caxias do Sul é preso por descumprir medida protetiva da Lei Maria da Penha
Assessor preso por descumprir medida protetiva foi exonerado do Legislativo | Foto: Divulgação/Câmara Caxias

O Dário Oficial Eletrônico de Caxias do Sul (DOE) publicou na edição desta quinta-feira (12), a exoneração do assessor político da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, Emerson Zanardi, de 49 anos. O ato vale a partir de 27 de novembro. A medida foi adotada pela direção da Casa, tendo em vista o pedido feito pelo vereador Wagner Petrini (PSB), em cujo gabinete trabalhava o ex-cargo comissionado (CC).

O motivo da exoneração é que Zanardi está preso no Presídio Regional de Caxias do Sul desde 11 de novembro. Naquele dia, ele foi detido na BR-116, em Vila Cristina. A prisão aconteceu durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em ação conjunta com a Brigada Militar.

De acordo com informações da Direção-Geral da Casa, o salário de Zanardi foi suspenso desde o dia da prisão até a data de exoneração. Mesmo preso, Zanardi permaneceu como detentor do CC durante 16 dias, até o pedido de desligamento feito pelo vereador Petrini.

Saiba mais

O ex-assessor estava foragido da Justiça desde o dia 24 de outubro. Ele responde processo com base no Art. 24A da Lei Maria da Penha (11.340/2006), por descumprimento de uma decisão judicial que deferiu medidas protetivas de urgência. Segundo a PRF, ele estaria em um carro alugado e seguia de Caxias do Sul para Feliz.

Dias antes, havia informações e boatos em perfis de redes sociais alegando que o servidor não estaria comparecendo ao trabalho com receio de ser preso. Para esclarecer a situação, um dia antes de ser detido pela PRF, ele gravou um vídeo trabalhando no gabinete e postou nas redes sociais.

Na época, em declaração ao Portal Leouve, o presidente do diretório municipal do PSB, Adriano Boff, salientou que o partido não tem influência sobre a postura pessoal dos filiados. Segundo ele, a responsabilidade pelo futuro de Zanardi no gabinete era do vereador.

Por sua vez, Muleke garantiu que o então assessor trabalhava normalmente na Câmara. O parlamentar corroborou o entendimento de Adriano, no sentido de que, apesar de Zanardi exercer um cargo público, ele não tinha responsabilidade sobre a vida particular do CC.