ALERTA

Após caso de raiva em morcego, Secretaria de Saúde de Caxias do Sul alerta sobre riscos de contato com o animal

A motivação se dá devido a confirmação de um caso de raiva em morcego neste ano, dentre 27 que foram analisados

Rio Grande do Sul registrou 78 casos de raiva herbívora em 2023
Imagem Ilustrativa. Foto: Fernando Dias/Seapi.

Afim de evitar a transmissão de raiva por meio de contato direto com morcegos infectados, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Caxias do Sul orienta a população. A motivação se dá devido a confirmação de um caso de raiva em morcego neste ano, dentre 27 que foram analisados.

Embora os números sejam baixos, apenas em 2024, o trabalho de controle registrou 72 análises de morcegos e dois testaram positivo para raiva. Não há registros de raiva em humanos desde a década de 1980 no Rio Grande do Sul. Todavia, é fundamental manter a atenção para evitar tocar nesses animais.

O médico veterinário e diretor técnico da Vigilância Ambiental em Saúde, Rogério Poletto, destaca que nesta época do ano é comum avistar morcegos, portanto, não há registro de anormalidade.

“Existe sim o risco de contaminação, por isso pedimos para não encostar ou manipular os morcegos. Para capturar o animal, deve-se utilizar luvas de couro, jogar toalhas, utilizar caixas de papelão, baldes ou outros objetos como pazinha plástica e vassoura para que ele fique preso e contatar a Vigilância Ambiental para buscá-lo” reforça ele.

O diagnóstico positivo de raiva foi confirmado após um morador na divisa dos bairros Santa Lúcia Cohab e Vinhedos contatar a Vigilância Ambiental em Saúde para informar sobre um morcego morto no pátio de sua residência, em fevereiro.

A partir disso, a equipe da SMS foi até o local, recolheu o animal e o encaminhou para análise no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul, demonstrando a importância da atenção e comunicação da comunidade em relação a esse tipo de ocorrência. O resultado foi confirmado em 14 de março.

Casos de morcegos fora de seu hábitat natural ou em situação anormal, como voando durante o dia, parados em muros, árvores e paredes ensolaradas, caídos em ruas, pátios ou sacadas ou dentro de residências, devem ser vistos como alerta à população. Inclusive, é fundamental manter os animais domésticos vacinados contra a raiva, pois cães ou gatos podem caçar os morcegos.

Em caso de qualquer tipo de contato sem proteção com morcegos, a orientação é lavar as mãos, ou a região do contato, com água e sabão e procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para tratamento preventivo contra a raiva. O risco de transmissão da doença pelo morcego e por outros animais silvestres é sempre elevado, por isso, qualquer contato com morcegos ou mordeduras de outros animais deve ser notificado a uma UBS imediatamente.

Confira sinais de atenção

Situações anormais que devem ser comunicadas para que a Vigilância Ambiental em Saúde faça a coleta do morcego para análise:

  • morcegos realizando voos diurnos (o animal saudável tem hábitos noturnos)
  • morcegos caídos no chão, em sacadas, pátios ou dentro das residências (quartos, banheiros…)
  • morcegos que tiveram contato com cães ou gatos (caçados por esses animais) ou com humanos
  • mantenha cães e gatos vacinados com a antirrábica

Como proceder:

  • não toque no morcego
  • coloque um balde, toalha ou caixa sobre ele, para que o animal não escape até a chegada da equipe da Vigilância
  • contate a Vigilância Ambiental em Saúde pelo telefone 3901-2503

Para orientações gerais, entre em contato pelo via Alô Caxias via 156.