Santa Tereza - Dois anos após a enchente histórica de setembro de 2023, que destruiu casas e desabrigou dezenas de famílias em Santa Tereza, o processo de reconstrução começa a se aproximar de um desfecho. As 24 moradias destinadas às pessoas que perderam seus lares ou foram removidas de áreas de risco devem ser concluídas até dezembro.
Na quarta-feira (10), autoridades estaduais e municipais, engenheiros e representantes das empresas envolvidas visitaram o local das obras. A vistoria foi seguida de uma reunião com as famílias beneficiadas, marcada por cobranças e pedidos de soluções.
A construtora KMB, responsável pelas casas, admitiu atrasos e problemas técnicos que afetaram o andamento do projeto, citando falta de mão de obra e dificuldades financeiras. A empresa se comprometeu a revisar o cronograma e finalizar as obras até o fim do ano. O secretário estadual de Habitação, Carlos Gomes, reforçou a previsão de entrega das chaves antes do Natal, destacando o simbolismo do momento para as famílias que esperam há dois anos.
Paralelamente, o município mantém o andamento das obras de infraestrutura do loteamento, incluindo terraplanagem, muros de contenção e sistema de drenagem, em um investimento de cerca de R$ 3,3 milhões realizado em convênio com o Estado. Diferente da construção das casas, essa etapa segue dentro do cronograma, também com conclusão prevista para dezembro.
A prefeita Gisele Caumo ressaltou que, apesar de a responsabilidade pelas moradias ser do Governo do Estado, a administração municipal acompanha diariamente o andamento das obras.
“Estamos todos os dias acompanhando, fiscalizando e cobrando soluções, porque entendemos a dor e a espera dessas famílias. Nosso maior compromisso é devolver dignidade a quem perdeu não apenas o lar, mas parte da sua história. A promessa feita hoje precisa se tornar realidade”, afirmou.
Com o novo cronograma, a expectativa é que 2025 marque o fim de um ciclo de perdas e o início de uma nova etapa para os moradores atingidos pela enchente.