Os servidores municipais de Bento Gonçalves deliberaram por greve geral da categoria após vereadores aprovarem, com 11 votos favoráveis, sete projetos de lei complementar enviados pelo Executivo em sessão ocorrida na Câmara de Vereadores da cidade nesta segunda-feira (10), em sessão ordinária.
Entre os projetos de lei complementar apreciados está a exclusão de benefícios como biênio, licença-prêmio e abono de permanência para novos servidores municipais. Assim, diante do resultado da votação, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves (Sindiserp-BG), que acompanhavam a sessão, convocou greve geral da categoria, já que considera uma “retirada de direitos”.
A categoria alega ainda que não houve diálogo da Prefeitura, tampouco disposição da Câmara em realizar uma audiência pública para debater as medidas.
Segundo a presidente do Sindiserp-BG, Neilene Luneli, explica que foram feitas várias tentativas de negociações com presidentes de comissões, presidente da Câmara, além da entrega de ofícios de pessoas contrárias.
“Foi feito um trabalho intenso de argumentação na esperança de mudar a opinião sobre esses projetos, que propõem a perda de direitos por parte dos servidores municipais, e ouvimos discursos vazios dos vereadores. Por isso, deliberamos por greve geral de todos os serviços públicos de Bento Gonçalves a partir desta terça-feira (11)“, comunica a presidente.
Dos 17 parlamentares, apenas quatro foram contra os projetos: Joel Bolsonaro (PL), Sidnei Postal (PL), Alcindo Gabrielle (MDB) e Moisés Scussel (MDB). Leticia Bonassina (PL) e Volmar Giordani (PL) não estavam presentes. O presidente Anderson Zanella (PP) não vota.
Nesta terça-feira (11), um ato contrário a decisão do Legislativo será realizado às 10h em frente a Prefeitura de Bento Gonçalves.