O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves (Sindiserp) mantém a mobilização contra a retirada de benefícios da categoria e promete novas ações. Nesta quinta-feira (13), uma assembleia geral discutirá a possibilidade de greve. Reunião vai acontecer nas dependências da escola Bento, por volta das 18 horas.
A mobilização ocorre após a Câmara de Vereadores aprovar, na segunda-feira (10), projetos de lei complementar enviados pelo Executivo, que eliminam benefícios como biênio, licença-prêmio e abono de permanência para novos servidores. O Sindiserp acompanhou a votação e chegou a convocar uma greve geral em protesto, mas voltou atrás horas depois.
O prefeito Diogo Siqueira defendeu as mudanças, alegando necessidade de equilíbrio financeiro.
“O município está no limite prudencial de gastos com pessoal. Fizemos ajustes para manter os pagamentos em dia e preservar os serviços essenciais”, afirmou.
O Sindiserp contesta a justificativa e critica a falta de diálogo antes da votação. Em nota, o sindicato expressou indignação e acusou a gestão municipal de omitir informações sobre a folha de pagamento. Segundo a entidade, apenas 30% dos gastos com pessoal correspondem a servidores concursados, enquanto o restante é destinado a cargos comissionados e terceirizados.
“O Sindiserp manifesta sua profunda indignação diante das declarações do prefeito. […] O prefeito faltou com a verdade ao abordar a questão da folha de pagamento, atribuindo aos servidores concursados a responsabilidade pelo limite de gastos”, declarou a entidade.
A Federação dos Sindicatos de Servidores Municipais do RS (FESISMERS) e a Federação dos Municipários do Estado do RS (FEMERGS) manifestaram apoio aos servidores de Bento Gonçalves. Em notas públicas, as entidades denunciaram a retirada de direitos sem diálogo e alertaram para os impactos da medida na qualidade do serviço público.