PARLAMENTO

Sessão solene de abertura do ano legislativo em Bento Gonçalves ocorreu neste sábado (1º)

A sessão solene teve a presença de três ex-prefeitos, do atual mandatário e do vice. Líderes de bancada convergem para o bem comum

sessão solene
Vereadores ouviram com atenção a mensagem do prefeito em sessão especial | Foto: Gerson Lenhard/Grupo RSCOM

A sessão solene de abertura do ano legislativo é protocolar, uma vez que a Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves esteve reunida extraordinariamente por três vezes durante o mês de janeiro para votar projetos de interesse do Poder Executivo.

O presidente, Anderson Zanela, abriu a sessão solene reforçando que a Câmara será plural e terá participação ativa na cidade e região, ao que chamou de novos tempos na vida pública do município.

Ao se pronunciar no encerramento prometeu muito trabalho durante o ano e, reforçando fala anterior do Prefeito, lembrou que haverá projetos polêmicos, mas que se as ideias forem discutidas com respeito, isto é o melhor para a cidade.

“Vamos construir e divergir, mas sem imposições. Tivemos um último ano muito difícil e posso garantir ao Prefeito Diogo que 2025 será um ano tranquilo nas relações entre os dois poderes”, frisou Zanela, que ainda agradeceu aos funcionários da Casa que entenderam o novo momento e respeitaram a decisão de extinguir o turno único que vinha sendo adotado sempre os meses de verão. Quem entrou no recinto notou também que uma porta de vidro e um balcão de telefonista foram retirados, dando amplitude ao espaço..

A sessão contou com a presença dos ex-prefeitos Aido Bertuol, Guilherme Pasin e Alcindo Gabrielli, que voltou a ser vereador. Mas coube ao atual prefeito Diogo Siqueira fazer uma mensagem inicial aos vereadores. Ele reafirmou em sua fala as questões que têm pautado sua atuação neste segundo mandato. Lembrou que fazer uma gestão “café com leite” seria mais tranquilo, mas ao contrário:

“Teremos projetos polêmicos, mas a cidade precisa estar preparada para tempos difíceis. Vamos crescer muito e vou cortar onde for necessário. Não é justo servidores públicos tirarem três meses de licença prêmio, ou dois anos de licença interesse. Também não é possível seguir fazendo leis que só criem benefícios”, disse Diogo que, reforçando que a retirada de privilégios se dará apenas para novos concursados sem mexer direitos adquirirdos. Por fim, pediu aos vereadores que ajudem e incomodem apontando problemas, mas que também apontem soluções.

Diogo Siqueira e a mesa diretora da Casa

Os líderes partidários também falaram e alguns demonstraram emoção por ocuparem pela primeira vez a tribuna. Foi o caso de Lúcio Lanes e Volmar Giordani e Joel Bolsonaro. Outros como Moisés Scussel e Gilmar Pessutto exultaram com o retorno à Casa pelo voto popular após a ausência no último mandato.

O QUE DISSERAM OS LÍDERES

  • Edson Biasi – PP – O PP é partido coligado e de apoio ao prefeito d prometeu trabalhar para entregar uma cidade melhor.
  • Gilmar Pessuto – União Brasil – Vou prestigiar o setor produtivo, que o resto vem atrás. Segundo ele o município não pode mais permitir empresas saindo de Bento e indo para municípios vizinhos.
  • Joel Bolsonaro PL – A bancada não será oposição nem situação. E que pretende defender quem trabalha, para desenvolver o “nosso chão”. Destacou ainda que o Partido fez nove mil votos em Bento e que mesmo antes de ocupar as cadeiras do legislativo o partido já entregou R$ 3 milhões em emendas para a cidade.
  • José Gava – PSDB – Nossas escolhas não se dão por interesse, mas sim em atenção aos nossos eleitores. Já votei contra o prefeito Siqueira e contra Pasin, mas nunca sofri perseguição. Então vamos seguir assim. Não tenho ambição política que não seja a de exercer o cargo de vereador.
  • Lúcio Lanes – PDT – Agradeceu o voto da comunidade missioneira radicada na cidade e que nele votou. Disse que irá se pautar em três questões centrais: educação, saúde e mobilidade.
  • Moisés Scussel – MDB – Destacou a forma igualitária como o Presidente da Casa vem tratando a todos os vereadores, mas reforçou que ser de oposição não significa ser inimigo. “Inimiga é a apatia”. Para ele, ser vereador é das tarefas mais nobres, pois é preciso ouvir os anseios da comunidade.
  • Volmar Giordani – Republicanos – Elogiou seus companheiros de partido e disse ter a missão de construir uma cidade melhor com transparência e união. Prometeu estar à disposição para construir uma cidade melhor, mas garantiu que será crítico também.