Bento Gonçalves enfrenta um cenário preocupante com a confirmação de 298 casos de dengue até o momento em 2024, sendo 265 autóctones, ou seja, transmitidos dentro do próprio município. O levantamento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) aponta que os bairros Progresso, Borgo, Vila Nova, Vila Nova II, Barracão, Eucaliptos, São Francisco, Linha Pradel, Maria Goretti, Licorsul, Glória, Municipal, Vinhedos e Botafogo, estão entre os mais afetados, com armadilhas registrando alta presença do mosquito Aedes aegypti.
O aumento de casos exige atenção redobrada da população, especialmente em locais propensos ao acúmulo de água parada, onde o mosquito deposita seus ovos. Com um índice de infestação de 0,7% registrado em janeiro, o município ainda está dentro do limite recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de até 1%. Porém, a situação requer vigilância constante para evitar uma epidemia.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Bento Gonçalves tem intensificado as ações de combate à dengue, por meio do trabalho dos agentes de endemias. As iniciativas incluem visitas a espaços públicos, residências, empresas e outros locais com possíveis criadouros.
De acordo com a médica veterinária da Vigilância Ambiental, Analiz Zattera, programa-se com a Secretaria do Meio Ambiente a retirada de lixo e materiais inservíveis do meio ambiente e também realizam-se visitas aos imóveis.
“A retirada destes materiais é de extrema importância, visto que são criadouros do Aedes. Qualquer plástico, lata ou material sem uso que fique ao ar livre pode acumular água e se tornar criadouro”, disse.
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Sobre o mosquito Aedes aegypti
O Aedes aegypti é um mosquito de tamanho pequeno, facilmente reconhecido por suas listras brancas e pretas no corpo e nas pernas. Ele se reproduz em água parada, usando recipientes como pneus, garrafas, pratos de vasos e outros objetos que acumulam água.
Além disso, os ovos do mosquito podem permanecer viáveis por meses em locais secos, eclodindo ao entrarem em contato com a água. Esse comportamento faz do Aedes um dos vetores mais eficazes na transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Principais sintomas da dengue
A dengue apresenta sintomas variados, que podem surgir de forma súbita. Os sinais mais comuns incluem febre alta (maior que 38.5°C), dor de cabeça, dor muscular intensa, dor atrás dos olhos, cansaço, manchas vermelhas na pele, falta de apetite, náuseas e vômitos. Além disso, nos casos mais graves, conhecidos como dengue hemorrágica, podem ocorrer sangramentos, dores abdominais intensas, queda da pressão arterial e até choque.
Ao apresentar os sintomas, é muito importante procurar a Unidade de Saúde mais próxima, para diagnóstico e tratamento adequados.
Prevenção é essencial para conter o avanço da dengue
Com o aumento no número de casos, a população deve redobrar os cuidados em casa e nos arredores, eliminando qualquer objeto que possa acumular água. Denúncias de locais com lixo acumulado ou terrenos baldios sujos podem ser feitas pelo telefone (54) 3055-7142.
O enfrentamento ao mosquito depende de ações conjuntas entre poder público e comunidade para evitar que os números da dengue continuem a crescer.
