A Polícia Civil de Bento Gonçalves esclareceu uma divergência no número de homicídios registrados em 2024. Enquanto a imprensa reportou a morte de Josiel Gonçalves Morais, de 35 anos, como o 32º homicídio no município, a Brigada Militar, por meio do 3º BPAT, informou que o total era de 31. O que chamou atenção é a inclusão de um caso de aborto na lista de mortes intencionais violentas.
A confusão ocorreu após a exclusão de um caso da lista de homicídios, feita pela Polícia Civil há cerca de um mês, mas não comunicada oficialmente. O caso envolvia Marciane Vieira Pinto, de 46 anos, encontrada morta em sua residência no bairro Aparecida no dia 8 de agosto. Inicialmente tratada como homicídio, a morte foi posteriormente reclassificada como natural após laudos periciais.
Segundo o delegado Éderson Bilhan, titular da 1ª Delegacia de Polícia, a possibilidade de feminicídio ainda não está totalmente descartada, pois o inquérito aguarda o retorno de todas as perícias. No entanto, com a exclusão desse caso, o número oficial de homicídios foi ajustado para 31.
Entretanto, Bilhan informou que o total de crimes violentos intencionais em 2024 voltou a ser 32, até esta quarta-feira (24), após um aborto ser incluído na contagem. A investigação, em curso inicial, está sob a tutela da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
“Um ou dois dias atrás, teve uma situação de aborto, que aqui em Bento entra na contabilidade dos crimes violentos intencionais, junto com os homicídios, feminicídios, infanticídios, latrocínios e outros”, explica.