Antirracismo é urgente e adotá-lo no cotidiano é papel de todos. Com o objetivo de estimulá-lo desde cedo, o Movimento Negro Raízes se reuniu recentemente com a 16ª Coordenadoria Regional de Educação e definiu uma série de ações a serem implementadas nas escolas estaduais da região. Como foco, a formação dos professores para abordarem o assunto em sala de aula. A ideia é que as ações já tenham início no mês de abril em Bento Gonçalves.
O antirracismo é um conjunto de ações que aprofunda a simples contrariedade com a segregação de cor na sociedade. Traz práticas que buscam, de fato, erradicar as estruturas que fortalecem o racismo. Uma dessas frentes de ação é, justamente, o trabalho com viés educacional. O fundador do Negro Raízes, Marcus Flávio Dutra Ribeiro, lembra que o próprio movimento surgiu de uma situação ocorrida em sala de aula.
“Nossa história passa por uma situação de preconceito sofrido pela minha filha dentro do ambiente escolar. Então entendemos que a educação é que pode ser essa ferramenta de transformação. Pensamos na geração que está vindo. Queremos clarear esse caminho”, conta
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Nesse sentido, as ações terão como foco inicial os professores. Eles terão acesso a uma série de oficinas, palestras e cursos com o objetivo de serem agentes dessa transformação. “Nós entendemos que, depois dos pais, os professores são a principal autoridade para a criança. Então será a partir deles que buscaremos falar de cultura negra, de realidade e de outros pontos. Assim, tentaremos diminuir discursos que se mostram racistas, preconceituosos e intolerantes”, comenta Ribeiro.
No primeiro momento, a iniciativa será desenvolvida em Bento Gonçalves. Futuramente, entretanto, abarcará os 25 municípios de abrangência da 16ª CRE. O Movimento Negro Raízes conversa também com a Secretaria de Educação da Capital do Vinho para levá-la, ainda, para as escolas municipais.
