INDÚSTRIA DE MÓVEIS

Fimma Brasil 2025 bate recorde com mais de 20 mil visitantes e R$ 1,74 bilhão em negócios

Feira atrai pessoas de 31 países em busca de atualização em seus parques fabris e materiais para a produção de móveis. Próxima edição será em agosto de 2027

Fimma Brasil 2025 bate recorde com mais de 20 mil visitantes e R$ 1,74 bilhão em negócios

A Fimma Brasil encerrou sua 17 edição nesta quinta-feira (07) com avaliação muito positiva do presidente da Movergs, Euclides Longhi. A Associação Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul é a entidade promotora da feira,

20.750 pessoas ingressaram nos pavilhões da Fundaparque para conhecer e comprar máquinas, matérias-primas, tecnologia, ferramentas e serviços, entre outros segmentos apresentados por 300 expositores.

 Diretores e equipe tinham o desafio de retomar a grandiosidade da Fimma. Entregamos ao mercado uma feira mais completa, com novos segmentos, novas marcas e mais inovação. As expectativas foram todas superadas. Muitos expositores e visitantes satisfeitos com tudo o que vivemos aqui nesses quatro dias. A Movergs encerra essa Fimma já se preparando para a próxima edição, resumiu Euclides Longhi, celebrando  o sucesso do evento, que dobrou de tamanho na comparação com a edição anterior.

A feira que teve sua primeira edição em 1993 já tem data marcada para a sua 18ª realização. Será de 09 a 12 de agosto de 2027.

A projeção é de que seja gerada uma cifra de R$ 1,74 bilhão em negócios. O público veio de todas as regiões do Brasil e 31 países. O diretor Internacional da Movergs, Daniel Segalin, ressalta a relevância da feira para o mercado global. Ele destaca especialmente na América Latina.

“O Brasil hoje, como produtor de máquinas e insumos para móveis, produz muita tecnologia. Então o importador vem à Fimma para buscar soluções e materiais que aprimoram ainda mais os seus processos produtivos”, afirma.

Para Jorge Alvarez, empresário que veio da Colômbia, o Brasil é uma referência em móveis.

“Vim principalmente fortalecer a relação que temos com os fornecedores brasileiros. Consideramos que eles têm um avanço maior que o nosso, então vir aqui é poder aprender mais, fortalecer relações. Estar na feira me mostrou novas oportunidades que eu nem imaginava quando cheguei”, relata.

As ações de negócios tiveram reforço na Fimma Brasil 2025. Importadores de países-alvo vieram a convite da organização. Um Lounge VIP para atender ao público estrangeiro confirmou o posicionamento da feira como um evento de alcance global. Por meio de uma parceria inédita com o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), 15 Micro e Pequenas Empresas (MPEs) gaúchas marcaram presença. Elas vieram de segmentos como ferragens, tecnologia, embalagens, tintas, vidros e máquinas. Esses grupos tiveram um estande coletivo e participaram de rodadas de negócios internacionais. Já haviam recebido consultoria estratégica antes da Fimma e terão mais um encontro após a feira. Esse projeto conta com o apoio de entidades como CNI, Sebrae, Fiergs, Unisind e Sindmóveis Bento Gonçalves.

Outra ação internacional foi o Projeto Comprador do Brazilian Furniture – realizado pela Associação Brasileiras das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Esse projeto trouxe à Fimma 10 importadores de oito países. “O Brasil vem demonstrando sua maturidade industrial e capacidade de atender às diferentes frentes da cadeia moveleira em todo o mundo. Levar o Projeto Comprador à Fimma é fortalecer esse posicionamento”, avalia Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel.

Fomentando também os negócios no mercado brasileiro, a Fimma realizou cerca de 270 rodadas de negócios nacionais. Isso foi feito em parceria com o Sebrae RS. O coordenador setorial moveleiro da entidade, Andrei Carletto, diz que as rodadas de negócios nacionais durante a feira reforçam o papel estratégico que o Sebrae e a Movergs exercem. Eles fortalecem a cadeia moveleira.

 TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Mais do que um espaço “instagramável”, a Praça de Inovação da Fimma Brasil 2025 chancelou o compromisso da feira em ser a porta de entrada para tecnologia e inovação no setor moveleiro. Com um projeto arquitetônico imponente e sustentável (a estrutura era à base de papel estruturado), o espaço reuniu informações variáveis. Isso inclui sobre os caminhos da inovação, demonstrações de robótica e software, e cases de expositores. Também apresentou startups de tecnologia como Easypro Tech, Energia das Coisas, entre outras.

O ponto alto da Praça de Inovação foi a programação de palestras. Ela contemplou temas como arquitetura, design, gestão de negócios e indústria. Entre os destaques, atrações de nomes como o futurista Tiago Mattos, o mentor de marcenaria Fernando Imazu e a arquiteta Priscilla Bencke. Dois exemplos de sucesso de público foram os painéis “Indústria Delas” e o encontro entre CEOs de indústrias de móveis. O painel foi realizado em parceria com o Simecs e reuniu mulheres líderes do setor industrial. Já o encontro de CEOs trouxe o tema “Como lidar com a escassez da mão de obra na indústria moveleira”.

APROVADA POR TODA A CADEIA MOVELEIRA

Diretor criativo da Bertolini, Gustavo Bertolini fala sobre a feira como ponto de conexão para indústrias e fornecedores. “Gostei muito da Fimma. Me surpreendeu por não ser focada só em produto, mas também em tecnologia e concepção de design. Serviços, inteligência artificial, não só na manufatura. Consegui me conectar com outras empresas que não vinham há muito tempo para a Fimma. A feira voltando a ser um motor de inovação, conectado com design e maquinário”, comenta.

Em 2025, a Fimma Brasil também chamou a atenção de marceneiros, arquitetos e designers. Esses profissionais trabalham com projetos de mobiliário. A feira surpreendeu tanto os profissionais que já haviam participado de outras edições quanto os que visitaram pela primeira vez. “Chamou a atenção a gama gigante de produtos e principalmente os conteúdos. Através disso, é possível agregar todas as pontas. A gente não está falando só de maquinário, de matéria-prima, mas sim de muitos produtos já acabados. Eles podem contribuir para o mobiliário. Isso nos inspira a criar através da cultura do design. Aqui a gente consegue enxergar o que a indústria é capaz de produzir para assim criar os produtos mais direcionados para o nosso público”. Essa é a visão da arquiteta e designer de produto Aline Dametto.

A programação também foi aprovada por profissionais da marcenaria. “A Fimma desse ano foi um divisor de águas. Hoje o marceneiro tem que entender que a tecnologia veio ajudar, não prejudicar. O marceneiro é muito operacional, mas tem que entender que o cenário do setor moveleiro mudou. Hoje, ele precisa estar antenado com gestão, venda e tendências”, enfatizou o marceneiro Edriano Bittencourt.